domingo, 21 de fevereiro de 2010

PEARL HARBOR

PEARL HARBOR

A elaboração da surpresa da Pearl Harbor começa em janeiro 1941. Yamamoto encarrega o chefe de seu estado maior, almirante Tahijiro Ohnishi, que tem como adjunto o capitão de fragata Minoro Genda, um brilhante oficial da tática aeronaval de 36 anos. O banco de experiência escolhido é a baia de Cagoxima, na ilha de Quiuxu, bem ao sul do arquipélago, por causa da semelhança que tem com a enseada de Pearl Harbor. Um excelente serviço de espionagem, baseado no consulado geral da Japão em Honolulu, fornece todas as informações necessárias. As repetições dos ensaios do ataque se multiplicam.

Em compensação, nas altas esferas do comando, o plano de Yamamoto só encontra objeções. O Estado maior Geral o rejeita. O comandante dos portas aviões Almirante Chuichui Naguno, não acredita no sucesso. O próprio Almirante Ohnishi se desencoraja e aconselha ao seu amigo Yamamoto renunciar à idéia. Porém, Yamamoto é o mais obstinado dos japoneses. Põe sua demissão na balança, não conservará o comando das esquadras combinadas se o Estado Maior Geral mantiver sua oposição ao ataque de surpresa a Pearl Harbor.

No dia 5 de novembro, a obstinação de Yamamoto triunfa. O Estado Maior Geral cede. Salvo um acordo diplomático de última hora, a operação de Pearl harbor se realizará em 8 de dezembro, data japonesa, correspondente ao dia 7 das ilhas Havaianas. Seria preferível o dia 10, devido às condições da lua, mas o dia 7 é domingo e os americanos têm costumes de trazer os navios voltarem ao porto aos sábados.

Os navios designados para participar do ataque começam a deixar a base de Kure, em, 10 de novembro alcançando a baía deserta de Hitokappu. Lá já é inverno, a neve cobre o arquipélago e a tripulação não tem idéia por que razão de tantos navios se reúnem em um lugar tão desolado. Os pilotos dos aviões sabem.

Yamamoto em reunião no Akagi, revelou a finalidade e a data da operação para a qual tão assiduamente. A opinião geral foi de que se tratava de um reide suicida. Tendo nas mãos o maior segredo da guerra, convencidos de estarem marcados para morrer, várias centenas de rapazes se dispersaram por todo o Japão. Nada Transpirou.

Os portas aviões navegam em duas alas. Precedidos por dois velhos couraçados, Hiei e Kirishima, dois contratorpedeiros cobrem o flanco esquerdo, três submarinos protegem o flanco direito e dois cruzadores pesados, o Tone e Chikuma, tomaram posição de cada lado da formação. Outros sete contratorpedeiros formam um biombo à frente. Oito petroleiros os seguem, tendo a necessidade de reduzir o consumo de combustível, que impõem uma marcha lenta.

Dos seis portas aviões, dois o Akagi e o Kaga, são navios de linha adaptadas, o Hiryu e Soryu, só deslocam 17.000 ton., e os dois mais modernos, o Shokaku e Zuikaku deslocam 26.000 ton. Em conjunto, transportam 423 aviões, caças, bombardeiros de vôo horizontal, bombardeiros de mergulho, torpedeiros. É a força aérea mais importante que já se aventurou sobre o mar.


A inclusão de aviões torpedeiros levantou grandes dificuldades. Um torpedo lançado por avião imerge até uns vinte metros de profundidade, depois sobe para atingir o alvo. A baía de Pearl Harbor sé tem 12 metros de profundidade, e Genda deve ter-se irritado com o problema. Ele com sua mente brilhante, no último momento, adaptou um dispositivo especial que impedia de que os torpedos explodissem no fundo. Se o mecanismo funcionar, a surpresa será total. Os americanos estão longe de suspeitar que seja possível torpedear suas embarcações no pequeno braço de mar situado entre a ilha Ford e o arsenal de Pearl harbor.


A força aeronaval, quis acrescentar a arma submarinos, 27 deles de grande autonomia precederam os portas aviões para tomar posição ao redor do Havaí. Cinco deles lançaram submarinos de bolso, de 15 m de comprimento, armados com dois torpedos reduzidos e tripulados por dois homens. Esperavam que eles se infiltrassem na baía, apesar das redes que guarneciam o estreito. Os jovens oficiais disputavam a honra de tripular essas máquinas suicidas.


Comandada pelo Almirante Naguno, a força de ataque deixou o seu encontro inicial no dia 26 de novembro. Em Washington, as negociações prosseguem, e os norte-americanos consideram bom sinal os japoneses não terem rompido, quando Cordell Hull lhes entregou as condições inaceitáveis de Roosevelt. Seria a retirada da China e da Indochina, ruptura do Pacto Tripartido etc.



As instruções do Almirante Naguno prevêem que lhe será dada uma confirmação da ordem de ataque durante a travessia. Ele está igualmente convencido de que fera meia volta se for descoberto antes do dia D menos 2. Descoberto entre D – 2 e D, ele próprio decidirá se deve atacar. Está inteiramente pessimista e passa suas noites andando em sua cabine do Akagi.

No dia 1 de dezembro, a confirmação esperada, Niitaha Yama Nobora ( Escalem o Monte Niitaha), é captado pela frota. Isto significa que o governo de Tóquio tomou sua decisão, e a guerra começa sem remissão. Significa também que toda a máquina de guerra nipônica esta sendo acionada. As tropas que devem tomar Hong-Kong se aproximam da cidade. As que devem invadir a Malásia e as Filipinas começam a embarcar. Só a expedição do Almirante Naguno não leva soldados. Suas ordens eram em vista ocupar as ilhas do Havaí, expulsar completamente os Estados Unidos do Pacífico central, mas a operação foi considerada como muito pesada. Esta incursão tão ousada, tão agressiva em sua forma, é na realidade uma operação defensiva, um risco calculado para ganhar tempo.

No dia 2 de dezembro, Naguno revela à tripulação o que somente os pilotos sabiam, a finalidade da viagem, sendo o entusiasmos da tripulação de maior alegria.

A rotina no mar retorna aos navios. Os pilotos matam o tempo com partida de Go ou redigem, sob forma de testamento, mensagens eloqüentes para a posteridade. As informações da espionagem continuam a chegar de Honolulu. Genda e o comandante das vagas de ataque, o capitão de mar e guerra Mitsuo Fushida, tomam conhecimentos de duas novidades, uma boa e a outra ruim. A boa é que as autoridades do Havaí ainda não tinham colocado no devido lugar os balões de barragem e as redes contra torpedos que receberam do continente. A má notícia é que os três portas aviões da esquadra norte americana do Pacífico, o Enterprise, Lexington e o Saratonga, já não estão em Pearl Harbor. Fushida é tão afetado pela informação da ausência dos alvos principais que pergunta a si mesmo se não deve abandonar o ataque. Mas Naguno, almirante experiente, considera que os oitos couraçados, constituem a coluna vertebral da força naval que ele foi encarregado de destruir. O resto viria depois.

As sete horas e dezesseis minutos do dia D, hora do Havaí, a frota começa o lançamento da primeira vaga. O Céu ainda está escuro, os porta aviões jogam nos imensos vagalhões, entretanto a operação se realiza numa velocidade que nunca tinham conseguido nos exercícios. Todos os aviadores haviam tomado banho e mudado a roupa de baixo, muitos enrolaram por cima da fita de prender cabelo, o hashikami (faixa de samurai), e fizeram suas devoções diante dos altares xintoístas transportados para o convés de vôo. No mastro do Akagi, estava hasteado a bandeira do navio que o Almirante Togo arvorara, no dia 21 de maio de 1905, ordenando à jovem frota japonesa que avançasse contra os couraçados do Czar, no estreito de Tsushima.

O arquipélago havaiano tem duas cadeias de montanhas, que rodeiam uma planície verdejante que se estendem até o mar, onde se encontra Honolulu e Waikiki, sua praia coral. Pearl Harbor apresenta algumas analogias com Brest. Uma passagem de água de 350 metros de largura dá acesso a uma baía, no centro da qual se encontra a ilha Ford. A profundidade da água é apenas suficiente para os grandes navios. Nenhuma preocupação especial foi tomada para camuflar as instalações de Pearl Harbor.

O ataque contra Pearl Harbor, mesmo à distancias marítimas que a rodeiam, não é considerado impossível. No dia 24 de janeiro de 1941, o secretário da marinha, Frank Knox, levantava à hipótese que é muitíssimo possível que as hostilidades com o Japão tenham início em um ataque de surpresa à frota ou à base de Pearl Harbor. Os perigos por ordem de probabilidade são os seguintes: bombardeiro aéreo, ataques por torpedos aéreos, sabotagem, bombardeiro pela artilharia naval. Dois meses mais tarde, o comandante da base naval, o Almirante Bellinger e o comandante das forças aéreas, General Martin, reúnem para redigir um memorando por antecipação o acontecimento de 7 de dezembro: Ação precedente a declaração de guerra, ataque aéreo pela manhã, combinado com uma ação submarina, provável utilização de seis porta aviões, etc.

Neste domingo existem razões especiais para a vigilância. Os seis pontos de cordell Hull foi, para o orgulho japonês, uma blefada. Roosevelt e sues chefes do Estado Maior tinha em mão, telegrama altamente confidencial do Ministro de negócios Estrangeiros, Togo, para Nomura e Kurusu. Entretanto, os Estados Unidos nos enviaram estas propostas humilhantes. As negociações terminaram.

Os nortes americanos, por seu lado, não esperam por essa interpetração para saber sua nota dia 26 de novembro constitui um convite à guerra. Na tarde desse mesmo dia, o almirante Stark, chefe do Estado Maior da Marinha, envia ao almirante Husband Kimmel, comandante da frota no Pacífico em Pearl Harbor, instruções que começam assim: Este despacho é para ser considerado com uma declaração de Guerra. O chefe do Estado Maior do Exército, George C. Marchall, envia advertência análoga ao Tenente General Walter C. Short comandante das forças terrestres: é possível ação de hostilidade a qualquer momento. Kimmel e Short são convidados a colocar em pratica o desdobramento defensivo. Eles deveriam fazer proceder os reconhecimentos e ordenar todas as medidas de segurança.

Do dia 26 de novembro, a força japonesa tinha seis dias de navegação separando do objetivo. As autoridades tinham o tempo necessário para a defesa do arquipélago. Pearl Barbor dispõem de 9 couraçados, 3 porta aviões, 12 cruzadores pesados, 9 cruzadores leves, 67 contratorpedeiros, 27 submarinos, 2 divisões de infantaria, 43.000 homens, 1.017 peças de Defesa Contra Aviação, 227 aviões, dos quais 152 caças, considerando a base razoavelmente bem equipada.

Nada mudara na rotina da base. Se os três porta aviões do Pacífico não estão em Pearl Harbor, é somente porque o Enterprise desembarca aviões em Wake, o Lexington em Midway e o Saratoga esta em reparos em San Diego. Continua o serviço do tempo de paz, com certa restrição, existem 10.000 japoneses no arquipélago e esta em alerta contra sabotagem, e a marinha deve por a pique sem aviso prévio, qualquer submarino desconhecido nas águas de Pearl Harbor. O radar onde muitos oficiais não acreditam, só funciona de 4 as 7 da manhã.

Na véspera do ataque o almirante Kimmel não tem pressentimento algum, embora o FBI lhe tenha informado que o cônsul geral do Japão está queimando seus papeis e que foi interceptada uma conversação telefônica suspeita entre Tóquio e um jornal japonês de Honolulu. Kimmel tem um encontro no dia seguinte com o General Short, mas é para uma partida de golfe.

As horas passam. A cidade, a base e a frota dormem. O mar esta calmo e as 3h 42 m, o tenente da reserva Mc Cloy, do caça minas Condor nota um leve sulco no mar e identifica um periscópio. Chama o chefe da patrulha, o contratorpedeiro Ward, submarino em mergulho. O Capitão tenente naval Outerbridge manda tocar aos postos de combate, mas o sonar do Ward não conseguiu registrar nenhum eco. Convencido de que o oficial do Condor se enganara, Outerbridge manda seus homens dormir.

As 6 h 30 m amanhecem. Um PBY veio da ilha de Ford para a patrulha da aurora. O Ward aproxima-se do estreito, para entrar na baía. Puxando uma lancha de mercadorias, o rebocador Antares também se aproxima. Foi o primeiro a perceber um pequeno submarino ao nível da água. O PBY o vê quase ao mesmo tempo e lança duas bombas de fumaça para localizá-lo. Outerbridge, lança-se, com canhões e granadas, sobre o submersível que afunda.

Cinqüenta quilômetros ao norte, na ponta extrema de Oahu, terminam a vigília do radar. Os marinheiros de 2ª classe Lockard e Elliott só tem de fechar o posto até a noite. Mas Elliott é um recruta zeloso, e como o caminhão que vai levá-lo para tomar café da manhã ainda não chegou, ele não desliga o aparelho. Aparece pontos brilhantes na tela do radar.

São 7 h 20 m. Já espantadíssimo, os dois recrutas decidem telefonar para a base. Informa de numerosos aviões a 132 milhas. O Oficial de guarda é o tenente Tyler, que responde para os recrutas, esqueça isto.

Exatamente neste momento as nuvens se desfazem e Mitsuo Fushida vê à sua frente as montanhas de Oahu.

Sua força compreende de 143 aparelhos, onde 43 são caças Zeke (zero), que devem quebrar qualquer reação eventual do inimigo e castigar os aeródromos, 51 são bombardeiros de mergulho Vals, que devem atacar a ilha Ford, o Campo Hickam e o Campo Wheeler, 40 Kate, transformados em aviões torpedeiros, que devem atacar os navios de 1ª linha. Os outros também são Kate, bombardeiros de vôo horizontal que visariam os mesmos objetivos em auxílio as bombas perfurantes. Fushida recomendou às tripulações que não perdessem um só projétil e se deslocassem tanto quanto necessário para ajustar a mira. Tóquio calculou que o êxito da operação não será caro se forem perdidos dois porta aviões e 50 dos aviões.

No sentido inverso dos ponteiros do relógio, os invasores dão a volta por cima de Oahu. Pearl Harbor está lá, calma e serena à luz pura da manhã. Os porta aviões estão ausentes, mas os sete couraçados estam nos lugares previstos e o oitavo encontra-se no dique seco. Nenhum disparo da artilharia manchou ainda o céu.

Fushida lança o sinal convencionado para indicar o êxito da surpresa: Tora, Tora, Tora. Por uma sorte inaudita, o fraco sinal é captado na baía de Hiroxima, no couraçado Nagato, onde encontra-se o Yamamoto que imunda de alegria.

Sobre a primeira encosta do velho vulcão Makalapa um outro comandante observa os aviões dando voltas por cima de seus navios. O infortunado Almirante Kimmel estava vestido para a sua partida de golfe. Seu adjunto lhe telefona para informar a destruição de um submarino de bolso. Ainda esta esperando seu motorista quando violentas explosões o jogam contra colunas de sua casa. Um imenso gêiser sobe do Oklahoma, que forma um par com o Maryland. Outras explosões ressoam, colunas de fumaça se elevam, só assim é soado o alarme. Ele é somente uma testemunha imptente do desastre que arruína sua carreira. Um estilhaço amortecido toca-lhe o peito, e ele dirá a frase, por que não penetrou?

Grupo por grupo, missão cumprida, os atacantes se retiram. Tendo jogado suas bombas, Fushida espera a chegada da segunda vaga. 171 aviões conduzidos pelo capitão de fragata Shimazaki. Chegam sobre o pico Kahuku as 8 h 54 m. Sua missão é mais difícil. Um inferno substituiu a placidez do cristal. Imensas nuvens de fumaça avermelhada, pontilhada de explosões, encobrem os alvos. A D.C.A. recobrou-se parcialmente e faz barreiras mortíferas. A segunda vaga, que não tem aviões torpedeiros, completa a destruição da primeira. Depois, desaparece rumo ao norte. Antes de segui-la Fushida sobrevoa a ilha pela última vez. Todos os aeródromos são verdadeiras fogueiras. O California aderna e afunda, com grande toldo branco estendido sobre a proa e seus sinais multicores flutuando nas adriças. Ao lado do Maryland danificado, o Oklahoma, completamente virado, mostra sua quilha semelhante ao corpo de um gigantesco cetáceo. O Tennessee e o West Virginia parecem enredados um no outro. A Arizona, cujos paios explodiram, é uma massa queimando furiosamente. No dique seco , onde dois contratorpedeiros foram despedaçados, o Pennsylvania tem um incêndio a bordo. Só um couraçado, o último da fila, o Nevada, tentara preparar-se para navegar, mas os Vals o incendiaram e o afundaram no estreito. Os cruzadores, os contratorpedeiros e os navios auxiliares que afundam, queimam ou explodem são muito numerosos para serem identificados. A própria baía queima, ao arderem as porções de óleo que se derramam na água.



Quando Fushida reencontra o Akagi, a maior parte dos aviões já havia chegado ao convés de pouso. As perdas são incrivelmente pequenas, 30 aviões. As tripulações estão cheias para voltas. Fushida tenta convencer Naguno que falta destruir as instalações de terra, e que ainda é possível encontar os porta aviões que faltam. Mas Naguno está tão aliviado com o sucesso em que não acreditava que deu ordem de tomar o rumo do Japão.

O Estado Maior norte americano pensava que os japoneses não tinham condições de empreender mais de uma operação aeronaval de cada vez. Eles fizeram sete ao mesmo tempo, Pearl Harbor, Filipinas e Malásia.

Mas o trovão acordou o gigante adormecido. Bastardos Amarelos é o grito enfurecido dos Estados Unidos da America. Roosevelt marca o inimigo com ferro em brasa. Sem dúvida ainda seriam necessários meses para que os Estados Unidos entrassem na guerra. As bombas de Pearl Harbor precipitam-na com uma unanimidade, uma instantaneidade, um furor e um ânimo torrencial. No Senado, a decisão de entrar na guerra é aprovada. Na Câmara, a única que não consegue convencer-se é a solteirona de Montana, Jeannette Rankin, que votou contra a guerra em 1917 e reincide em 1941.

A 7 de dezembro, Churchill janta em Chequers, com o embaixador americano e o enviado de Roosevelt Averell Harriman. O assunto é a batalha que começou a 18 de novembro na Cirenaica. Num canto, o rádio difunde em surdina um boletim de informações. Os três homens não prestam atenção, de repente um nome insólito em meio de campos de batalhas familiares: Havaí...

Churchill pergunta; os japoneses bombardearam os navios americanos no Havaí? Winant não tinha ouvido nada. Harriman pensava ter ouvido Frota Americana.

Como um louco, Churchill chama Roosevelt ao telefone. A voz transatlântica do Presidente lhe confirma a agressão, sua selvageria, sua perfídia. Churchill fica radiante: Estamos agora, diz Roosevelt, no mesmo barco.

No Japão, o entusiamos provocado pelo sucesso de Pearl Harbor é formidável. O retorno dos vencedores provoca delírio patriótico. O Imperador dá um golpe de Estado contra a etiqueta, exigindo receber Fushida, embora este não passe de um plebeu. Yamamoto é o único sóbrio entre oitenta milhões de homens bêbados. Observa que faltam os porta aviões, e que os couraçados destruídos eram barcos velhos, que o poder americano é ainda colossal, e que se aproximam combates desesperados.

A coalizão adversária só reúne 10 nações, mas o mapa da guerra lhe é favorável, pois ela domina quase totalmente a Europa continental, as partes mais ricas da União Soviética e as províncias mais populosas da China, ainda vai tornar-se mais favorável com rápidas conquistas japonesas no Pacífico. Entretanto, é claro que a balança de forças pende, daí por diante, em detrimento do triângulo, Berlim, Roma e Tóquio. A superioridade inicial, nascida da agressão, vai diminuir sem cessar, a superioridade profunda resultante da preponderância de recursos, do poderio industrial, do domínio dos mares, bai aumentar contínuamente.

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