sábado, 13 de fevereiro de 2010

A MARINHA ALEMÃ - Parte 06

TIRPITZ – O REI DO MAR DO NORTE

Desde janeiro de 1942, quando ele saiu da Alemanha para Trondheim, até novembro de 1944, o Tirpitz foi o único navio que a Marinha Real não podia ignorar. Era o seu mais perigoso inimigo potencial, no hemisfério ocidental. A existência deste barco provocou uma série de episódios, na guerra no mar, verdadeiramente singular. E esses episódios merecem ser lembrados, porque ocorreram num período em que se contestava a eficácia do couraçado como grande arma naval e nenhum outro couraçado teve uma história como a do Tirpitz.

O Tirpitz dava medo e era em grande parte herança deixada pelo seu irmão, o Bismarck.

Quando o Tirpitz entrou em serviço ativo e foi para águas noroeguesas, parecendo querer reeditar as proezas do Bismarck, os britânicos não pouparam esforços para mantê-lo retido ali.

Primeiro houve o drama do ataque ao porto francês de St. Nazaire. Somente neste porto havia um dique seco suficientemente grande para acomodar uma belonave do tamanho do Tirpitz, e talvez reequipá-lo, se ele conseguisse romper o cerco na Noruega, atingir o Atlântico e dirigir-se para a França, como o Bismarck tentara fazer. O ataque que frustrou essa ameaça foi formulado em torno do plano para lançar um velho destróier, abadonado de alto explosivo, contra a comporta do dique, destruindo-o pela detonação da carga mediante uma espoleta de tempo, depois de afundado o destróier na posição certa. O ataque, realizado com grande bravura, teve êxito, mas registrou baixas numerosas entre os comandos, soldados e marinheiros. Eliminou a possibilidade de manter o Tirpitz operacional num porto da baía de Biscaia.

A belonave alemã repetidamente bombardeada enquanto esteve em Trondheim, mas ainda estava intocada quando obteve sua maior vitória nos dias 4 e 5 de julho de 1942, quando o medo de que ela estivesse à solta fez com que o almirantado britânico mandasse o Comboio PQ-17 dispesar, o que resultou na destruição de 23 navios mercantes por submarinos e bombardeiros. O Tirpitz foi uma das mais poderosas razões para a suspensão dos comboios russos durante o critico verão de 1942, e a conveniência da sua destruição era maior que nunca.

A outra ameaça à existência do enorme couraçado partiu de Adolf Hitler, quando ele condenou à morte, pelo desmonte, todos os navios de linha da Esquadra Alemã, depois do fracasso da Operação Regenbogen na batalha do mar de Barentes, dez de 1942. Mas, o Tirpitz foi mandado para o norte, para o Fiorde de Alten, a fin de prosseguir em seu papel, regressor. Dali, zarpou no começo de set de 1943 a única missão em que usou seus canhões de 15 pol., bombardeando Spitzbergen.

E foi com este ataque dos submarinos que as sombras começaram a descer sobre a história do Tirpitz. O Capitão Hans Meyer, tendo capturado 4 tripulantes de um dos submarinos incapacitados, afastou seu navio o máximo possível do local onde ele supunha que as cargas explosivas haviam sido colocadas, mas isso não bastou. Qualquer explosão submarina tem efeito devastador, porque as ondas de choque são concentradas pela água e os X-Craft haviam colocado 8 toneladas de explosivo sob o casco do Tirpitz, que explodiram de uma só vez.

A explosão fez todo o navio elevar-se quase dois metros e destruiu seu sistema de iluminação, imobilizou duas torres, retorceu um leme e danificou seriamente todas as suas máquinas principais.

Em 1944, quando os trabalhos estavam quase prontos, os britânicos se prepararam para outro ataque, desta vez um ataque mais maciço, lançado por porta aviões, pois o Fiorde de Alten ficava fora do alcance dos bombardeiros da RAF sediados em terra. 42 Bombardeiros de mergulho barracuda surpreenderam por completo as defesas alemãs no Fiorde e despejaram uma chuva de bombas sobre o Tirpitz, acertando 14 impactos e provocaram vários incêndios, ficando o navio fora por mais três meses.

Os britânicos planejavam usar as gigantes bombas terremotos inventadas por Garnes Wallis, que criara as armas que haviam destruído as represas do vale do Rhur no ano anterior. Como os bombardeiros Lancaster não poderiam fazer uma viagem de ida e volta, preparou-se uma força de ataque para operar do aeródromo de Yagodnik, no norte da Rússia.

O dano causado no ataque significava que o Tirpitz nunca mais teria condições de navegar. Pela última vez, o Tirpitz deixou o Fiorde de Alten, onde passaram tantos meses, e foi rebocado para o sul, até Tromso. Ali, os alemães começaram a construir um banco de areia, pois o Tirpitz seria ancorado, não encalhado. Além disso, seria preciso tomar preocupações contra ataques aéreos, porque em Tromso ele podia ser alcançado pelos Lancaster.

A primeira tentativa de bombardear o Tirpitz fracassou, por causa do mau tempo. Os alemães reagiram colocando uma esquadrilha de caças próximo de Bardufoss. Os Lancaster precisavam de céu claro para lançar sua bombas Tallboy com exatidão.

Vinte e nove Lancaster decolaram da Escócia, e surpreenderam o Tirpitz, enquanto que os caças alemães da base de Bardufoss se preparavam para combater o que parecia ser um ataque ao próprio aeródromo.

A cortina de fumaça começou a cobrir o ancoradouro bem tarde, mas quando os Lancaster se aproximaram, duas Tallboy explodiram no convés do Tirpitz. Outras destruíram o banco de areia ainda incompleto, abrindo grandes cavidades no leito do Fiorde. O Tirpitz começou a adernar para bombordo e seu paior de ré explodiu. Era o fim do Tirpitz.













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