domingo, 24 de fevereiro de 2013

3ª Parte da Batalha de Leyte



3ª Parte da Batalha de Leyte

Halsey hesita. Está aniquilado o inimigo que persegue. Seus couraçados ganham dos navios japoneses, ou mais velhos, ou avariados. Seus porta-aviões estão prestes a se recuperar e lançar novamente as vagas que infligiram os primeiros golpes. Contenta-se primeiramente em ordenar ao T.G. 38.1, 2 porta-aviões pesados e 2 porta-aviões leves, que se  dirijiam a Samar, em vez de reunir-se a ele, como tentava desde a véspera. Depois como pedidos se tornam insistentes, decide-se: os 6 couraçados do Almirante Lee, os 5 porta-aviões do Almirante Bogan, ele próprio, Halsey, a bordo do New Jersey, abandonam a perseguição e tomam a direção sul.

As bombas diminuem sobre os navios de Ozawa. Um último ataque, as 7 h 10 min, só faz uma vitima. O almirante japonês, que transferiu sua bandeira para o cruzador leve Oyoto, navega pela noite adentro, estupefato de estar vivo. Reconduzirá ao Japão seus dois couraçados hermafroditas, 8 contratorpedeiros e 3 cruzadores.

Kurita também escapa, salvando 4 de seus 5 couraçados. Passa novamente o estreito de San Bernardino, à meia-noite, com dez horas de vantagem sobre Halsey. As esquadrilhas aéreas enviadas no dia seguinte a sua procura não o encontrarão.

Assim, a vitória  norte-americana de Leyte é incompleta, mas não deixa de constituir a derrota final da Marinha japonesa. As perdas que esta sofreu, a destruição de todos os seus porta-aviões, impedem-na de participar novamente de uma ação de conjunto, pois estes representavam as últimas oportunidades da Marinha japonesa. O destino do império insular está selado.

Entretanto, o Japão se obstina! É constituído um 35º exercito, sob o comando do Tenente-General Sasaku Suzuki. De Luçon. Cebu e Mindanau, pequenos comboios conduzem reforços para a ilha atacada. Depois de seus sucessos iniciais, os norte-americanos tinham pensado numa conquista rápida. Devem proseguir uma campanha dura, dificultada ainda mais pelas monções. Marchas na lama, batalhas sob trombas de água.

Mesmo no mar, os japoneses continuam terríveis. Entram em cena os Kamikazes, os ventos de Deus; O Contra-Almirante Arina “acendeu a chama”, no dia 15 de outubro, lançando-se com seu avião sobre um navio norte-americano. Oito dias mais tarde, seu superior, o Vice-Almirante Onishi, que comanda a 1ª Frota Aérea, consttui por sua própria iniciativa um corpo de voluntários da morte.  A 27 de novembro, os Kamikazes aparecem no golfo de Leyte, avariam o cruzador Mont-pelier  e o couraçado Colorado. Dois dias depois, colocam fora de combate outro couraçado, o Maryland. Independentemente dos prejuízos materiais, o sacrifício teatral  dos Kamikazes causa um choque moral, reforça a ideia de que será necessário, para vencer o Japão, exterminar os japoneses. Ordens expressas proíbem os correspondentes de guerra mencionar isso.

Lentamente, o 6º exercito invade o vale de Leyte e rechaça os japoneses para o vale de Ormoc. Um desembarquer da 77ª divisão de infantaria permite a tomada do pequeno porto, o último que restava aos japoneses. Desagrega-se a resistência organizada, mas seguindo a regra, não se pede a capitulação. Os  melhores elementos são evacuados furtivamente para as ilhas vizinhas. Os outros se dispersam na montanha, perecem nas emboscadas ou morrem de privações.

2ª PARTE DA BATALHA DE LEYTE



2ª Parte da batalha Leyte

  As ordens partem no princípio da noite. Os três T.G. presentes diante de Samar agrupam-se e dirigem-se para o cabo Engano, ponta norte da ilha de Luçon. Espera-se encontrar o inimigo pela aurora, e travar o combate no princípio d manhã.

A partir da 3ª frota deixa sem defesa o Esteito de San Bernardino, descobre o flanco alarmam-se com isso, mas o almirante está tranqüilo. Durante todo o dia, seus aviadores atingiram as esquadras arcaicas que se dirigem para os estreitos e, sem sofrer perdas sensíveis, infligiam prejuízos devastadores. Um supercouraçado foi afundado. Todos os outros grandes navios fossar suas feridas e, provavelmente, fazer meia volta, aproveitando a noite. Halsey está tão confiante tem tanta pressa em bater-se com os porta aviões, que nem mesmo deixa um contratorpedeiro de sentinela na saída de San Bernardino. Chega a esquecer-se de avisar KinKaid de que o flanco direito da 7ª frota vai ficar descoberto. Investe sobre Ozawa impetuosamente na forma exata como Ozawa e o Estado Maior imperial esperavam...

A noite está tórrida. O s homens sufocam nos porões dos navios. No golfo de Leyte, todos os movimentos cessaram ao pôr do sol. Os navios de combate da 7ª frota prepararam-se para navegar, e dirigiram-se para o sul, a fim de barrar o estreito de Surigau. Na costa norte, o Almirante Kinkaid está tranquilo, convencido de que Halsey e seus poderosos navios velam diante do estreito de San Bernardino.

Durante todo o dia, o Almirante Nishimura prosseguiu seu caminho através do mar de Mindanau. Entra no estreito de Surigua à meia-noite, sem se deter para esperar os sete navios do Almirante Shima, que o segue a umas trintas milhas.  Está dentro do horário. Será possível chegar pela aurora ao golfo de Leyte, simultaneamente com Kurita, que vem ao norte...

Sobre a água adormecida e escura, acendem-se os refletores. Silhuêtas baixas arremessam-se a toda velocidade. A artilharia japonesa troveja. Quarenta e cinco PTB atacam em várias vagas. Alguns homens numa barquinha reforçada, sob o comando de um oficial da reserva... Por inexperiência ou falta de sorte, nenhum dos 180 torpedos atinge um casco inimigo. As 2 horas, Nishimura atinge incólume a parte mais fechada do estreito, entre Mindanau e uma pequena ilha costeira de Leyte, Paneon.

A luta se reanima. Depois do enxame de PTB, a divisão de contratorpedeiros do comandante Jesse B. Coward ataca por sua vez.

Três navios surgem de leste, lançam 27 torpedos e se retiram em ziguezague entre feixes pálidos levantados pelos obuses japoneses. Oito minutos mais tarde, ouvem-se explosões. Um dos dois couraçados de Nishimura, o Fuso, gira sobre si mesmo e inclina-se para estibordo, fora de combate.

O segundo ataque vem de oeste; conduzido por dois outros navios da divisão. Um contratorpedeiro japonês explode; um segundo começa a afundar, um terceiro fica atrás, adernando. O couraçado-capitânia Yamashiro também recebe um torpedo. Mas dele vem relatório;  capacidade combativa intacta, rota inalterada.....

Mas o tratamento continua. Por sua vez, os grandes contratorpedeiros do comandante  McManes atacam. O Fuso ilumina o estreito com um feixe de chamas, antes que ele irrompa o fogo de artifício da explosão final. Restam somente três navios japoneses,  O Yamashiro, o cruzador pesado Mogami e o contratorpedeiro shigura. Outro torpedo atinge o Yamashiro, imobiliza-lo por um instante, mas logo retorna um pouco de velocidade e, com obstinação sublime, prossegue a execução de sua missão. Rodeou o calcanhar de Leyte e dirige-se para o norte.



Diante do Yamashiro, o horizonte se incendeia. Os seis couraçados e os oitos cruzadores da 7ª Frota formaram, ele um lado a outro do estreito, uma barragem tripla. Utiliando o radar, abrem terrível fogo. O Yamashiro responde: um obus, talvez, contra cinquenta. Vêem-se sobre sua silhueta várias explosões, depois uma imensa chama, que o recobre inteiramente. O couraçado vira e afunda. São 4 h 19 min. A batalha do estreito de Surigau, uma das três que compõem a grande batalha naval de Leyte,  terminou.

Trezentos milhas  ao norte, começa a batalha do caboEngaño. O T.G., 38.1 não pôde unir-se ao corpo de combate, mas as forças conduzidas pelo Almirante Mark A. Mitscher, são suficientes para  qualquer tarefa. São  64 navios novos, 5 porta-aviões leves, 6 couraçados, 2 cruzadores pesados, 6 cruzadores leves, 40 contratorpedeiros, 700 aviões. Essa coluna cerrada avança a 25 nós por hora contra as 17 embarcações heterogêneas do Almirante Ozaca e os 29 aviões que pousaram na véspera. Nenhum combate é possível. Trata-se de um massacre.

Ozaca fez meia-volta, foge na direção norte, não para escapar, mas para atrair o inimigo o mais longe possível. Os reides começam às 9 horas da manhã. A  primeira incursão afunda o porta-aviões Chitose e avaria o porta-aviões  Zuikaku.  A  segunda fere mortalmente o porta-aviões Chiyoda e avaria o cruzador Tama. A terceira acaba com o Zuiho e avaria o couraçado restaurado Ise. Os navios equipados com canhões aproximam-se para acrescentrar obuses às bombas. Não parece haver possibilidade alguma de salvar a frota de Ozawa da destruição integral, prevista e aceita por seu almirante....

E, no entanto, há! Pois a terceira das batalhas da batalha de Leyte, a de Samar, já começou também. Chegando ao estreito de Sam Bernardino, o Almirante Kurita esperava para lutar. Passa sem dar um tiro de canhão, a 20 nòs, os faróis acesos por sua ordem. Apressa-se, pois está com seis horas de atraso, e sabe que a única aliada nesta empresa temerária é a velocidade.

O dia surge com um céu carregado de cúmulo-nimbos. O mar está calmo, e o vento, caprichoso. Kurita desloca seus navios, os contratorpedeiros nos flancos, os cruzadores em primeiro escalão, os couraçados em duas colunas. O Yamato e o Nagato à direita, o Kongo e o Haruma à esqueda. Ás 7 horas seus vigias distinguem silhuetas de porta=aviões no horizonte. Com uma alça de mira de 32.000 m. Kurita abre fogo.

Entre os norte americanos, o alerta só foi dado às 6h 47 min – e pelo hidroavião de uma patrulha anti-submarina, que decobre, estupefato, uma poderosa frota inimiga a oeste de Samar. O Almirante Clifton Sprague, que comanda um grupo de porta-aviões de escolta, pensou a princípio ser uma confusão , e que se tratava dos navios de Halsey. Quinze minutos mas tarde, reconheceu, com seus próprios olhos, os mastros em forma de pagode, característica dos grandes navios japoneses. Então obuses enormes fizeram brotar repuxos em torno dele. A surpresa é completa. Os principais navios da 7ª frota estão ao sul de Leyte, onde acabaram de vencer a batalha de Surigua. O esqueleto que permaneceu no local é constituído pelo grupo de Clifton Sprague e dois grupos semelhantes, compostos de porta-aviões de escolta. Mas os porta-aviões de escolta são, de fato, navios mercantes, acompanhados de uns trinta aviões, e os contratorpedeiros de escolta, desenhados também para a proteção dos comboios, só tem velocidade de 20 nós. Na hora em que se consuma a derrota de Nishimura, em que começa a de Ozawa, Kurita pode vingá-los.
Mas os norte-americanos lutam valente e habilmente. Sprague oculta-se atrás de uma cortina de fumaça, reforçada por um oportuno aguaceiro. Seus contratorpedeiros contra-atacam com resolução. Seus bombardeiros, reforçados rapidamente pelos dos outros dois grupos atacam furiosamente o inimigo. As perdas se equilibram. Do lado norte-americano, os contratorpedeiros de escolta Samuel B. Roberts e os porta-aviões de escolta Giamhier e Saint-Lô são afundados pela poderosa artilharia japonesa. Mas os cruzadores pesados Chokai, Suzuka e Chikuya afundam, sob bombas e torpedos norte-americanos; os cruzadores Kumano, Tone e o couraçado Kongo são atingidos as 9 h 21 min, Kurita interrope o combate e retira-se para o norte.

Neste momento, vários pedidos de ajuda de Kinkaid, várias ordens de Nimitz chegaram ao Almirante Halsey. Pedem-lhe, ordenam-lhe que venha em socorro da 7ª Frota em perido.