sábado, 23 de maio de 2015



AS TRÊS BATALHAS DE LEYTE - PARTE 03


Diante do Yamashiro, o horizonte se incendeia. Os seis couraçados e os oitos cruzadores da 7ª frota formaram de um lado a outro do estreito, uma barragem tripla. Utilizando o radar, abrem terrível fogo. O yamashiro responde: um obus, talvez, contra cinquenta. Vêem-se sobre sua silhueta varias explosoes, depois uma imensa chama, que o recobre inteiramente. O couraçado vira e afunda. São 4 h 19 min. A batalha do estreito de Surigau, uma das três que compôem a grande batalha naval de Leyte, terminou.

Trezentas milhas ao norte, começa a batalha do cabo Engano. O T.G. 38.1 não pode unir-se ao corpo de combate, mas ao forças conduzidas pelo Almirante Halsey e por seu lugar-tenente, Almirante Mark, A Mitscher, são novos, 5 porta aviões pesados, 5 porta aviões leves, 6 couraçados, 2 cruzadores pesados, 6 cruzadores leves, 40 contratorpedeiros, 700 aviões. Essa coluna avança a 25 nós por hora contra as 17 embacações heterogêneas do Almirante Ozawa e os 29 aviões que pousaram na vespera. Nenhum combate é possível. Trata-se de um massacre.

Ozawa fez meia noite, foge na direção norte, não para escapar, mas para atrair o inimigo o mais longe possível. Os reides começam as 9 horas da manhã. A primeira incursão afunda o porta aviões Chitose e avaria o porta aviões Zuikaku. A segunda fere mortalmente o porta aviões Chiyoda. e avaria o cruzador Tama. A terceira acaba com o Zurilo e avaria o couraçado restaurado Ise. Os navios equipados com canhões aproximam-se para acrescentar obuses as bombas.Não parece haver possibilidade alguma de salvar a frota de Ozawa da destruição integral, prevista e aceita por seu almirante....

E no entanto, Há!. Pois a terceira batalhas da batalha de Leyte a de Samar, já começou tambem. Chegando ao estreito de San Bernardino, o almirante Kurita esperava para lutar. Passa sem dar um tiro de canhão. A 20 nòs, os farois acesos, e sabe que a única aliada nesta empresa temerária é a velocidade.

O dia surge com um céu carregado de cúmulo-nimbos. O mar está calmo, e o vento, caprichoso. Kurita desloca seus navios, os contratorpedeiros nos flancos, os cruzadores, em preimeiro escalão, os couraçados em duas colunas. O Yamato e o Nagato à direita, o Kongo e o Haruna à esqueda. As 7 horas seus vigias distinguem silhuetas de porta- aviões no horizonte. Com uma alça de mira de 32.000m, Kurita abre fogo.

Entre os norte americanos, o alerta só foi dado as 6 h: 47 minutos, e pelo hidroavião de uma patrulha anti submarina, que descobre, estupefato, uma poderosa frota inimiga a oeste da Samar. O Almirante Clifon Sprague, que comanda um grupo de porta- aviões de escolta, pensou a princípio ser uma confusão, e que se tratava dos navios de Halsey. Quinze minutos mais tarde reconheceu, com sues próprios olhos, os mastros em forma de pagode, característica dos grandes navios japoneses.

Então obuses enormes fizeram brotar repuxos em torno dele. A surpresa é completa. Os principais navios de 7ª frota estão ao sul de Leyte, onde acabaram de vencer a batalha de Surigua. O esqueleto que permaneceu no local é constituido pelo grupo de Clifton Sprague e dois grupos semelhantes, compostos de porta- aviões de escolta. Mas os porta - aviões de escolta são, de fato, navios mercantes, acompanhados de uns trinta aviões, e os contratorpedeiros e contratorpedeiros de escoltas, desenhados também para a proteção dos comboios, só tem velocidade de 20 nós. Na hora em que consuma a derrota de Nishimura, em que começa a de Ozawa, Kuritapode vingá-los.

Mas os norte americanos lutam valente e hábilmente. Sprague oculta-se atrás de uma cortina de fumaça, reforçada por um oportuno aguaceiro. Seus contratorpedeiros contra- atacam com resolução.Seus bombardeiros, reforçados rapidamente pelos dos outros dois grupos, atacam furiosamente o inimigo. As perdas se equilibram. Do lado norte americano, os contratorpedeiros Hoel e Johnston, o contratorpedeiro de escolta samuel B. Roberts e os porta-aviões de escolta Gambier e Saint-Lô são afundados pela poderosa artilharia japonêsa. Mas os cruzadores pesadosChokai, Suzaka e Chikuya, afundam sob as bombas e torpedos norte americanos; os cruzadores Kumano, Tone e o couraçado Kongo são atingidos. As 9h 21 min, Kurita interrrompe o combate e retira-se para norte.

Neste momento, vários pedidos de ajuda de Kinkaid, várias ordens de Nimitz chegaram ao Almirante Halsey. Pedem-lhe, ordenam-lhe que venha em socorro da 7ª frota em perigo.









Halset hesita. Esta aniquilando o inimigo que persegue. Seus couraçados ganham dos novios japonêses, ou mais velhos, ou avariados. Seus portas-aviões estão prestes a se recuperar e lançar novamente as vagas que infligiram os primeiros golpes. Contenta-se primeiramente em ordenar ao T.G. 38.1 2 porta aviões pesados e 2 porta aviões leves, que se dirijam a Samar, em vez de reunir-se a ele, como tentava desde a véspera. Depois como os pedidos se tornam insistentes, decide-se: os 6 couraçados do almirante Lee, os 5 porta aviões do almirante Bogan, ele prórpio Halsey, a bordo do New Jersey, abandonam a perseguição e tomam a direção sul.

As bombas diminuem sobre os navios de Ozawa. Um último ataque as 7h 10 min, só faz uma vítima. O almirante japonês, que transferiu sua bandeira para o cruzador leve Oyoto, navega pela noite adentro, estupefado de estar vivo. Reconduzirá ao japão seus dois couraçados hermafroditas, 8 contratorpedeiros e 3 cruzadores.

Kurita também escapa, salvando 4 de seus 5 couraçados. Passa novamente o estreito de San Bernardino, à meia noite, com dez horas de vantagem sobre Halsey. As esquadrilhs aéreas enviadas no dia seguinte a sua procura não o encontrarão.

Assim a vitória norte americana de Leyte é incompleta, mas não deixa de constituir a derrota final da marinha japonêsa. As perdas que esta sofreu, a destruição de todos os seus porta aviões, impedem-na de participar novamente de uma ação de conjunto, pois estes representavam as últimas oportunidades da Marinha japonêsa. O destino do império insular está selado.

Entretanto, o Japão se obstima! É constituido um 35º Exército, sob o comando do Tenente General Sasika Suzuki. De Luçon, Cebu e Mindanau, pequenos comboios conduzem reforços para a ilhaatacada. Depois de seus sucessos iniciais os norte americanos tinham pensado numa conquista rápida. Devem prosseguir uma campanha dura, dificultada ainda mais pelas monções. Marchas na lama, batalhas sob trombas de água. Mesmo no mar, os japonêses continuam terríveis.

















domingo, 17 de maio de 2015

AS TRÊS BATALHAS DE LEYTE - 2 PARTE


AS TRÊS BATALHAS DE LEYTE - PARTE 02

As ordens parte no princípio da noite. Os três T.G. presentes diante de Samar agrupam-se e dirigem-se para o cabo Enganão, ponta norte da ilha de Luçon. espera-se encontrar  o inimigo oela aurora, e travar o combate no princípio da manhã.

A partida da 3ª frota deixa sem defesa o estreito de San Bernardino, descobre o flanco direito da 7ª Frota. Vários subordinados de Halsey alarmam-se com isso, mas o almirante está tranquilo. Durante todo o dia, seus aviadores atingiram as esquadras arcaicas que se dirigiram para os  estreitos e, sem sofrer perdas sensíveis, infligiram prejuízos devastadores. Um supercouraçado foi afundado. Todos os outros grandes navios foram bombardeados e torpedeados. O inimigo deve pensar suas feridas e, provavelmente, fazer meia volta, aproveitando a noite. Halsey está tão confiante, tem tanta pressa em bater-se com os porta-aviões, que nem mesmo deixa um contratorpedeiro de sentinela na saída de San Benardino. Chega a esquecer-se de avisar Kinkaid de que o flanco direito da 7ª frota vai ficar descoberto. Investe sobre Ozawa impetuosamente ---- na forma exata como Ozawa e o Estado Maior imperial esperavam.....

A noite está tórrida. Os homens sufocam  nos porões dos navios. No gôlfo de Leyte, todos os movimentos cessaram ao por do sol. Os navios de combate da 7ª frota prepararam-se para navegar, e dirigiram-se para sul, a fim de barrar o estreito de Surigau. Na costa norte, o almirante Kinkaid está tranquilo, convencido de que Halsey e seus poderosos navios velam diante do estreito de San Bernardino.

Durante todo o dia, o almirante  Nishimera prosseguiu seu caminho através do mar de mindanau. Entra no estreito de Surigau à meia noite, sem se deter para esperar os sete navios do almirante Shina, que o segue a umas trinta milhas. Está dentro do horário. Será possível chegar pela aurora ao golfo de Leyte, simultaneamente com kurita, que vem do norte....

Sobre a agua, adormecida escura, acendem-se os refletores. Silhuetas baixas arremessam-se a toda velocidade. A artilharia japonesa troveja. Quarenta e cinco PTB atacam em várias vagas. Algums homens numa barquinha reforçada, sob o comando de um oficial da reserva... Por inexperiência ou falta de sorte, nemhum dos 180 torpedos atinge um casco inimigo. AS 2 horas, Nishimura atinge incólume a parte mais fechada do estreito, entre Mindanau e uma pequena ilha costeira de Leyte, Peneon.

A luta se reranima. Depois do enxame de PTB, a divisão de contratorpedeiros do comandante Jesse B. Coward ataca por sua vez.

Três navios surgem de leste, lançam 27 torpedos e se retiram, em siguezague entre feixes pálidos levantados, pelos obuses japoneses. OIto minutos mais tarde, ouvem-se explosões. Um dos dois couraçados de Nishimura, o Fuso, gira sobre si mesmo e inclina-se para estibordo, fora de combate.

O segundo ataque vem de oeste, conduzido por dois outros navios da divisão. Um contratorpedeiro japonês explode; segundo começa a afundar, um terceiro fica atrás, adernando. O couraçado- capitânia Yamashiro também recebe um torpedo. Mas dele vem relatório: capacidade combativa intacta, rota inalterada...