quinta-feira, 16 de julho de 2015

Guerra do Pacífico  
História de como a Bolívia perdeu metade de seu território - e sua saída para o oceano Pacífico


A Bolívia não tem mar. E esse é o ponto do Dia do Mar.

Um pedaço de Marte

A Guerra do Pacífico, como ficou conhecida, colocou Chile contra Bolívia e Peru de 1879 a 1883. Em números absolutos, foi mais modesta que a Guerra do Paraguai, envolvendo cerca de 70 mil combatentes, contra 350 mil. Mas suas consequências e seus ressentimentos seriam bem mais dramáticos. "Como a maioria dos conflitos no que posteriormente seria conhecido como Terceiro Mundo, a Guerra do Pacífico foi um grande momento para os povos envolvidos, mas acabou largamente ignorada fora da região", afirma o historiador Bruce W. Farcau em The Ten Cents War. Historicamente, a região não valia nada. Era um pedaço de terra seca, sem rios, no deserto mais inclemente do mundo - o Atacama, onde o período entre duas chuvas se mede em décadas. E uma precipitação anual 20 vezes menor que nas partes mais secas do deserto do Saara. Não há nenhuma vida vegetal ou animal ali, exceto no litoral, onde nevoeiros oferecem alguma umidade a líquens e cactos.
 
No conturbado processo de independência das colônias da América do Sul, o deserto acabou dividido entre o Peru, que conquistou a independência, em 1821, e a Bolívia, liberada em 1825. Os países, que eram simplesmente o "Peru" na época colonial, unificaram-se em 1833, e isso levou a uma primeira guerra com o Chile, entre 1836 e 1839, separando-os novamente. O Chile não queria um vizinho gigante ao norte, mas não levou nenhum território - e nem estava interessado. Isso mudaria radicalmente na década de 1840, quando começou a se explorar um recurso inusitado: o guano, excremento de aves marinhas que, sem chuvas para removê-lo e ressecado pelo sol, forma morros brancos em rochas perto do mar. "Os chilenos nunca se incomodaram com a questão de fronteiras até a descoberta do guano", afirma o cientista político Waltraud Q. Morales em A Brief History of Bolivia.

O guano tem em sua composição o nitrato de sódio, ou salitre, que começava a ser usado em fertilizantes e era matéria-prima na produção de explosivos. Não apenas nas pedras brancas mas também enterrado no solo, havia enormes depósitos de salitre no Atacama. Isso tornou, da noite para o dia, o terreno morto em um dos pontos mais importantes da Terra.

A princípio, o Chile não precisou tomar territórios para se favorecer com isso. Com instituições privadas e governamentais bem mais sólidas que as dos vizinhos, foram as indústrias chilenas, fomentadas por capitais britânico, francês e americano, que rapidamente se instalaram na região, com mão de obra dos próprios chilenos e migrantes do mundo todo, inclusive da China.

Acordo secreto


A situação mudou em 1878, quando o Congresso boliviano tornou nulo um acordo que isentava de impostos a chilena Compañia de Salitres y Ferrocarril de Antofagasta (ferrocarril é "ferrovia" em espanhol e Antofagasta era a cidade mais ao sul do litoral boliviano, na fronteira com o Chile). A Compañia deveria pagar 10 centavos de peso para cada 100 kg de salitre extraídos. A empresa se recusou, e o Congresso boliviano votou por confiscar suas propriedades, marcando o início do processo para 23 de fevereiro de 1879. No dia da execução, 500 soldados chilenos desembarcaram em Antofagasta para proteger a empresa - foram recebidos com festa, já que 95% da população da cidade era chilena.

A princípio, os bolivianos decidiram contornar a situação com eufemismos. A declaração de guerra contra o Chile foi aprovada pelo Congresso em 27 de fevereiro, mas não foi anunciada. Em vez disso, o presidente, Hilárion Daza, preferia falar em "estado de guerra". Em 1º de março, anunciou a expulsão dos chilenos do país. Com ou sem declaração, os chilenos se mexeram. Em 23 de março, 554 soldados chilenos avançaram pelo deserto, rumo à cidade de Calama. Lá enfrentaram e massacraram 135 civis e soldados, comandados pelo engenheiro Eduardo Albaroa - que se tornou o mártir do Dia do Mar e herói na Bolívia.

O Peru também tentou evitar o pior. Desde 1872, tinha um acordo de defesa secreto firmado com a Bolívia, que exigia que honrasse o compromisso. Os peruanos tentaram sediar um congresso de paz em seu país, mas o Chile, tomando conhecimento do acordo de defesa, preferiu declarar guerra a ambos os países em 4 de abril de 1879.

Ofensiva brutal


Avançar pelo deserto era complicado. O Chile preferiu, então, fazer uma guerra focada em combates navais e invasões anfíbias. O país tinha 7 navios, e o Peru, 6 - a maioria comprada dos americanos após a Guerra Civil que funcionavam a vapor e eram modernos para a época.

Em 5 de abril, os chilenos bloquearam o porto peruano de Iquique. Após uma troca de tiros, o Peru conseguiu expulsar os navios chilenos da cidade e afundar um dos 7 navios da Marinha chilena, mas a um enorme preço: o Independencia, um de seus dois navios mais bem armados, bateu em uma rocha e afundou. Com a retirada chilena, o segundo navio peruano mais poderoso, o Huáscar, passou a circular pelas guarnições costeiras chilenas e fazer ataques esporádicos, atrasando seu avanço. Em 8 de outubro, os chilenos conseguiram capturar o Huáscar, na Batalha de Angamos, e o usaram contra as forças peruanas. Depois disso, ficaram praticamente livres para desembarcar tropas. Em 2 de novembro, baixaram em Pisagua, 500 km ao norte de Antofagasta. Em 19 de novembro, conquistaram Iquique. Com um tanto de excesso de confiança, levaram o que foi seu maior revés na guerra: em 27 de novembro, na Batalha de Tarapacá, uma coluna chilena de 2,3 mil homens enfrentou 4,5 mil peruanos e bolivianos e foi massacrada. Apesar disso, os peruanos não conseguiram manter a posição e recuaram para Arica, e as notícias causaram uma enorme turbulência política. Em 23 de dezembro, um golpe de estado depôs o presidente peruano, Mariano Ignazio Prado, e o boliviano Hilárion Daza fugiu para a Europa no dia 27. Em 26 de fevereiro de 1880, os chilenos invadiram Ilo, isolando as tropas de reforços via Peru. Em 26 de maio, na Batalha de Tacna, destruíram a maioria do que restava do exército, fazendo com que a Bolívia se retirasse do conflito. Em 7 de junho, liquidavam a fatura na Batalha de Arica, em que 5 mil chilenos venceram 1 903 peruanos, deixando o inimigo sem exército.

Em 23 de outubro, numa conferência mediada pelos americanos no navio USS Lackawanna, em Arica, tentou-se uma solução de paz sem resultados. Os chilenos decidiram ir até o fim. Em 17 de janeiro, 23 mil militares chilenos invadiam a cidade de Lima, defendida por 18 mil civis recrutados às pressas e por sobreviventes do exército. A cidade foi saqueada, as mulheres, estupradas, e mesmo a Biblioteca Nacional teve seu conteúdo transferido para o Chile - 3 778 livros, só devolvidos em 2007.

Paz ressentida


Aos peruanos, restou fazer uma campanha de guerrilha e revolta civil até 1883, quando o Tratado de Ancón encerrou as hostilidades. A Bolívia assinou uma trégua em 1884, e um tratado definitivo de "amizade", cedendo todo seu litoral, em 1904, em troca de livre acesso ao porto de Arica e a construção de uma ferrovia ligando-a à capital, La Paz.









O boom do guano durou pouco: no início do século 20, os alemães criaram formas sintéticas de nitrato e a região perdeu interesse comercial. Mas o Chile aproveitou: "Antes de o nitrato de potássio ser produzido sinteticamente, o Chile já havia explorado fontes naturais de nitratos por muitos anos, à custa das regiões ocupadas da Bolívia e do Peru", afirma o historiador Cesar Augusto Barcellos Guazzelli, da UFRGS. Em 1929, quando os bolsões de guano não tinham mais valor comercial, a região de Tacna, no extremo norte, foi devolvida ao Peru. Na década seguinte, o cobre seria descoberto na região. Hoje, o Peru é o segundo maior produtor do mundo, atrás do Chile. Talvez por isso o ressentimento lá sejam um pouco menor que na Bolívia.
Os bolivianos nunca se esqueceram. Depois da guerra, perderam ainda territórios para o Brasil - o Acre, em 1903 - e para o Paraguai - a região do Chaco, em 1935, após outra guerra tola e sangrenta -, além de outros nacos para Chile e Argentina. A soma é cruel: em 1825, a Bolívia tinha 2,36 milhões de km2. Hoje sua área é pouco maior que 1 milhão de km2. Ou seja, o país perdeu mais da metade de suas terras. Essas regiões ainda aparecem nos discursos nacionalistas, mas o litoral é o topo das prioridades. Por todo o país, há murais e estátuas apontando para o mar, ilustrando os massacres da guerra, pedindo a devolução. De 2002 a 2005, esse sentimento voltou a aflorar na "Guerra do Gás", uma série de protestos e greves iniciada pela proposta de exportar gás natural através de uma linha até o Chile, em que sentimentos antichilenos se misturaram a anticapitalistas e antiamericanos. Evo Morales, que vinha de uma carreira em defesa dos plantadores de coca, liderou protestos pela nacionalização do gás e acabou eleito presidente, em 2005, fazendo reformas que incluíram uma nova Constituição.

A atual Constituição boliviana anuncia com todas as letras que "o Estado boliviano declara seu direito irrenunciável ao território que dá acesso ao oceano Pacífico e seu espaço marítimo", a seguir toma o cuidado de acrescentar que isso se dará por "vias pacíficas".

O Chile considera isso um entrave à retomada das relações diplomáticas dos países, paradas desde 1978. É fácil entender por quê: os departamentos ao norte do Chile têm a maior renda per capita e Índice de Desenvolvimento Humano do país graças ao cobre, e o metal responde por metade das exportações chilenas. "Além de uma questão de soberania nacional, isto faria da Bolívia um país competidor com o Chile pelo mercado aberto pelo Pacífico, o que é impensável nos termos atuais da economia latino-americana. Controlando as exportações que passam pelo seu país, os chilenos precisariam de compensações econômicas de vulto para ceder tais direitos", afirma Guazzelli. Os tempos mudam, mas nem tanto.

Fronteiras tensas

O Atacama é o deserto mais letal do mundo, mas não só por falta de água. Alguém tentando cruzar a fronteira entre Peru e Chile, ao norte de Arica, vai se deparar com uma "atração" inusitada: campos minados, marcados por placas em espanhol, inglês e aimará. 113 121 minas antipessoal e antitanque foram plantadas na fronteira pelo governo Pinochet (1973-1993) e vem sendo removidas desde 2000, mas apenas 9,34% do total foi desativado, segundo dados do governo chileno.

As encrencas do Chile não se limitaram ao norte. Em 1978, quando ditaduras militares dominavam ambos os países, Chile e Argentina quase entraram em guerra por causa de três ilhas minúsculas no canal de Beagle, que faz a passagem do oceano Atlântico para o Pacífico e corta os dois países. A Argentina chegou a preparar uma invasão militar das ilhas, que considerava suas, mas desistiu na última hora. Até o papa teve de intervir: com o fim do regime militar argentino, o presidente Raúl Alfonsín assinou no Vaticano um acordo com Pinochet, entregando as ilhas ao Chile. Pinochet, de seu lado, plantou também minas na fronteira com a Argentina.
Mas mesmo um tirano como Pinochet teve seu momento de iluminação - ou, quem sabe, solidariedade a outros ditadores militares. Em 1972, quando a Bolívia estava sob a ditadura do general Hugo Banzer e o Peru sob a do general (de esquerda) Juan Velasco Alvarado, ele propôs entregar uma faixa de terra à Bolívia, ligando o país à cidade de Arica. Os bolivianos deveriam entregar uma faixa equivalente ao Chile, incluindo aí o território da faixa marítima. Os bolivianos ficaram exultantes, mas, como Arica originalmente era parte do Peru, não da Bolívia, os acordos com o Chile exigiam a consulta ao Peru antes da entrega. O ditador peruano não gostou e propôs que os 3 países dividissem Arica. Acabou ficando tudo como estava - e está.

sábado, 23 de maio de 2015



AS TRÊS BATALHAS DE LEYTE - PARTE 03


Diante do Yamashiro, o horizonte se incendeia. Os seis couraçados e os oitos cruzadores da 7ª frota formaram de um lado a outro do estreito, uma barragem tripla. Utilizando o radar, abrem terrível fogo. O yamashiro responde: um obus, talvez, contra cinquenta. Vêem-se sobre sua silhueta varias explosoes, depois uma imensa chama, que o recobre inteiramente. O couraçado vira e afunda. São 4 h 19 min. A batalha do estreito de Surigau, uma das três que compôem a grande batalha naval de Leyte, terminou.

Trezentas milhas ao norte, começa a batalha do cabo Engano. O T.G. 38.1 não pode unir-se ao corpo de combate, mas ao forças conduzidas pelo Almirante Halsey e por seu lugar-tenente, Almirante Mark, A Mitscher, são novos, 5 porta aviões pesados, 5 porta aviões leves, 6 couraçados, 2 cruzadores pesados, 6 cruzadores leves, 40 contratorpedeiros, 700 aviões. Essa coluna avança a 25 nós por hora contra as 17 embacações heterogêneas do Almirante Ozawa e os 29 aviões que pousaram na vespera. Nenhum combate é possível. Trata-se de um massacre.

Ozawa fez meia noite, foge na direção norte, não para escapar, mas para atrair o inimigo o mais longe possível. Os reides começam as 9 horas da manhã. A primeira incursão afunda o porta aviões Chitose e avaria o porta aviões Zuikaku. A segunda fere mortalmente o porta aviões Chiyoda. e avaria o cruzador Tama. A terceira acaba com o Zurilo e avaria o couraçado restaurado Ise. Os navios equipados com canhões aproximam-se para acrescentar obuses as bombas.Não parece haver possibilidade alguma de salvar a frota de Ozawa da destruição integral, prevista e aceita por seu almirante....

E no entanto, Há!. Pois a terceira batalhas da batalha de Leyte a de Samar, já começou tambem. Chegando ao estreito de San Bernardino, o almirante Kurita esperava para lutar. Passa sem dar um tiro de canhão. A 20 nòs, os farois acesos, e sabe que a única aliada nesta empresa temerária é a velocidade.

O dia surge com um céu carregado de cúmulo-nimbos. O mar está calmo, e o vento, caprichoso. Kurita desloca seus navios, os contratorpedeiros nos flancos, os cruzadores, em preimeiro escalão, os couraçados em duas colunas. O Yamato e o Nagato à direita, o Kongo e o Haruna à esqueda. As 7 horas seus vigias distinguem silhuetas de porta- aviões no horizonte. Com uma alça de mira de 32.000m, Kurita abre fogo.

Entre os norte americanos, o alerta só foi dado as 6 h: 47 minutos, e pelo hidroavião de uma patrulha anti submarina, que descobre, estupefato, uma poderosa frota inimiga a oeste da Samar. O Almirante Clifon Sprague, que comanda um grupo de porta- aviões de escolta, pensou a princípio ser uma confusão, e que se tratava dos navios de Halsey. Quinze minutos mais tarde reconheceu, com sues próprios olhos, os mastros em forma de pagode, característica dos grandes navios japoneses.

Então obuses enormes fizeram brotar repuxos em torno dele. A surpresa é completa. Os principais navios de 7ª frota estão ao sul de Leyte, onde acabaram de vencer a batalha de Surigua. O esqueleto que permaneceu no local é constituido pelo grupo de Clifton Sprague e dois grupos semelhantes, compostos de porta- aviões de escolta. Mas os porta - aviões de escolta são, de fato, navios mercantes, acompanhados de uns trinta aviões, e os contratorpedeiros e contratorpedeiros de escoltas, desenhados também para a proteção dos comboios, só tem velocidade de 20 nós. Na hora em que consuma a derrota de Nishimura, em que começa a de Ozawa, Kuritapode vingá-los.

Mas os norte americanos lutam valente e hábilmente. Sprague oculta-se atrás de uma cortina de fumaça, reforçada por um oportuno aguaceiro. Seus contratorpedeiros contra- atacam com resolução.Seus bombardeiros, reforçados rapidamente pelos dos outros dois grupos, atacam furiosamente o inimigo. As perdas se equilibram. Do lado norte americano, os contratorpedeiros Hoel e Johnston, o contratorpedeiro de escolta samuel B. Roberts e os porta-aviões de escolta Gambier e Saint-Lô são afundados pela poderosa artilharia japonêsa. Mas os cruzadores pesadosChokai, Suzaka e Chikuya, afundam sob as bombas e torpedos norte americanos; os cruzadores Kumano, Tone e o couraçado Kongo são atingidos. As 9h 21 min, Kurita interrrompe o combate e retira-se para norte.

Neste momento, vários pedidos de ajuda de Kinkaid, várias ordens de Nimitz chegaram ao Almirante Halsey. Pedem-lhe, ordenam-lhe que venha em socorro da 7ª frota em perigo.









Halset hesita. Esta aniquilando o inimigo que persegue. Seus couraçados ganham dos novios japonêses, ou mais velhos, ou avariados. Seus portas-aviões estão prestes a se recuperar e lançar novamente as vagas que infligiram os primeiros golpes. Contenta-se primeiramente em ordenar ao T.G. 38.1 2 porta aviões pesados e 2 porta aviões leves, que se dirijam a Samar, em vez de reunir-se a ele, como tentava desde a véspera. Depois como os pedidos se tornam insistentes, decide-se: os 6 couraçados do almirante Lee, os 5 porta aviões do almirante Bogan, ele prórpio Halsey, a bordo do New Jersey, abandonam a perseguição e tomam a direção sul.

As bombas diminuem sobre os navios de Ozawa. Um último ataque as 7h 10 min, só faz uma vítima. O almirante japonês, que transferiu sua bandeira para o cruzador leve Oyoto, navega pela noite adentro, estupefado de estar vivo. Reconduzirá ao japão seus dois couraçados hermafroditas, 8 contratorpedeiros e 3 cruzadores.

Kurita também escapa, salvando 4 de seus 5 couraçados. Passa novamente o estreito de San Bernardino, à meia noite, com dez horas de vantagem sobre Halsey. As esquadrilhs aéreas enviadas no dia seguinte a sua procura não o encontrarão.

Assim a vitória norte americana de Leyte é incompleta, mas não deixa de constituir a derrota final da marinha japonêsa. As perdas que esta sofreu, a destruição de todos os seus porta aviões, impedem-na de participar novamente de uma ação de conjunto, pois estes representavam as últimas oportunidades da Marinha japonêsa. O destino do império insular está selado.

Entretanto, o Japão se obstima! É constituido um 35º Exército, sob o comando do Tenente General Sasika Suzuki. De Luçon, Cebu e Mindanau, pequenos comboios conduzem reforços para a ilhaatacada. Depois de seus sucessos iniciais os norte americanos tinham pensado numa conquista rápida. Devem prosseguir uma campanha dura, dificultada ainda mais pelas monções. Marchas na lama, batalhas sob trombas de água. Mesmo no mar, os japonêses continuam terríveis.

















domingo, 17 de maio de 2015

AS TRÊS BATALHAS DE LEYTE - 2 PARTE


AS TRÊS BATALHAS DE LEYTE - PARTE 02

As ordens parte no princípio da noite. Os três T.G. presentes diante de Samar agrupam-se e dirigem-se para o cabo Enganão, ponta norte da ilha de Luçon. espera-se encontrar  o inimigo oela aurora, e travar o combate no princípio da manhã.

A partida da 3ª frota deixa sem defesa o estreito de San Bernardino, descobre o flanco direito da 7ª Frota. Vários subordinados de Halsey alarmam-se com isso, mas o almirante está tranquilo. Durante todo o dia, seus aviadores atingiram as esquadras arcaicas que se dirigiram para os  estreitos e, sem sofrer perdas sensíveis, infligiram prejuízos devastadores. Um supercouraçado foi afundado. Todos os outros grandes navios foram bombardeados e torpedeados. O inimigo deve pensar suas feridas e, provavelmente, fazer meia volta, aproveitando a noite. Halsey está tão confiante, tem tanta pressa em bater-se com os porta-aviões, que nem mesmo deixa um contratorpedeiro de sentinela na saída de San Benardino. Chega a esquecer-se de avisar Kinkaid de que o flanco direito da 7ª frota vai ficar descoberto. Investe sobre Ozawa impetuosamente ---- na forma exata como Ozawa e o Estado Maior imperial esperavam.....

A noite está tórrida. Os homens sufocam  nos porões dos navios. No gôlfo de Leyte, todos os movimentos cessaram ao por do sol. Os navios de combate da 7ª frota prepararam-se para navegar, e dirigiram-se para sul, a fim de barrar o estreito de Surigau. Na costa norte, o almirante Kinkaid está tranquilo, convencido de que Halsey e seus poderosos navios velam diante do estreito de San Bernardino.

Durante todo o dia, o almirante  Nishimera prosseguiu seu caminho através do mar de mindanau. Entra no estreito de Surigau à meia noite, sem se deter para esperar os sete navios do almirante Shina, que o segue a umas trinta milhas. Está dentro do horário. Será possível chegar pela aurora ao golfo de Leyte, simultaneamente com kurita, que vem do norte....

Sobre a agua, adormecida escura, acendem-se os refletores. Silhuetas baixas arremessam-se a toda velocidade. A artilharia japonesa troveja. Quarenta e cinco PTB atacam em várias vagas. Algums homens numa barquinha reforçada, sob o comando de um oficial da reserva... Por inexperiência ou falta de sorte, nemhum dos 180 torpedos atinge um casco inimigo. AS 2 horas, Nishimura atinge incólume a parte mais fechada do estreito, entre Mindanau e uma pequena ilha costeira de Leyte, Peneon.

A luta se reranima. Depois do enxame de PTB, a divisão de contratorpedeiros do comandante Jesse B. Coward ataca por sua vez.

Três navios surgem de leste, lançam 27 torpedos e se retiram, em siguezague entre feixes pálidos levantados, pelos obuses japoneses. OIto minutos mais tarde, ouvem-se explosões. Um dos dois couraçados de Nishimura, o Fuso, gira sobre si mesmo e inclina-se para estibordo, fora de combate.

O segundo ataque vem de oeste, conduzido por dois outros navios da divisão. Um contratorpedeiro japonês explode; segundo começa a afundar, um terceiro fica atrás, adernando. O couraçado- capitânia Yamashiro também recebe um torpedo. Mas dele vem relatório: capacidade combativa intacta, rota inalterada...