quarta-feira, 19 de abril de 2017

Fwd: Conversa do WhatsApp com Col Monteiro


DIA DO Í NDIO -    NOSSO INVENCÍVEL EXÉRCITO

Era o dia 18 de abril de 1648. Mais de 4 mil soldados da Companhia das Índias Ocidentais avançam para o Sul, vindos do Recife. Na passagem, eliminam um pequeno posto inimigo na Barreta (onde hoje fica Brasília Teimosa). Os poucos sobreviventes acorrem ao Arraial Novo do Bom Jesus - Quartel-General da resistência pernambucana, onde relatam o incidente.
O comando rebelde ordena a marcha na direção do inimigo. Reunido em Ibura decide: "rumo aos Outeiros Guararapes". Sem tempo sequer para jantar, cerca de 2 mil homens preparam-se para o combate, nutridos pela certeza do improvável: bater uma força material e numericamente superior em batalha decisiva. Partem, lutam e vencem.
Prodígio de criatividade, ousadia e bravura a 1a Batalha dos Guararapes é mais do que um memorável feito militar de nossos antepassados. Neste duelo, em que o Davi caboclo abateu o Golias estrangeiro assentam-se as raízes da Nacionalidade e do Exército brasileiros, que caminham juntos há 350 anos.


O Exército Brasileiro tem suas raízes fincadas na 1ª Batalha dos Guararapes. Transcorrido em 19 de abril de 1648, nas proximidades do Recife, esse episódio resultou na vitória do " Exército Patriota"- integrado por combatentes das três raças formadoras da nacionalidade brasileira - sobre as tropas de ocupação do invasor holandês que, há 18 anos, dominava boa parte da Região Nordeste. Em Guararapes, disse o eminente historiador Gilberto Freire, "escreveu-se a sangue o endereço do Brasil: o de ser um Brasil verdadeiramente mestiço, na raça e na cultura". Segundo o Gen Flamarion Barreto em conferência proferida durante a Semana da Pátria de 1966, "O Brasileiro nasceu nos Guararapes".

Consoante essa realidade, O Dia do Exército Brasileiro foi fixado em 19 de abril, consagrando definitivamente a Instituição como herdeira e depositária do legado da Força vitoriosa em Guararapes.
Na oportunidade em que comemoramos os 369 anos desse triunfo, cumpre enaltecer a conduta exemplar dos principais comandantes do " Exército Patriota". Pelo desassombro na luta contra um inimigo mais numeroso e melhor equipado, pela firme liderança que arrastou os comandados à vitória e, finalmente, pelo sentimento de amor ao torrão natal, merecem aqueles valorosos chefes militares ser apontados como paradigma para todas as gerações que vêm constituindo a Força Terrestre Brasileira. São eles:

 - Mestre-de-Campo FRANCISCO BARRETO DE MENEZES
- Mestre-de-Campo JOÃO FERNANDES VIEIRA (Comandante de terço)
- Mestre-de-Campo ANDRÉ VIDAL DE NEGREIROS (Comandante do terço dos brancos)
- Mestre-de-Campo HENRIQUE (Comandante do terço dos negros)
- Mestre-de-Campo ANTÔNIO FELIPE CAMARÃO (Comandante do terço dos índios)
- Mestre-de-Campo ANTÔNIO DIAS CARDOSO (Mestre de Emboscadas)


 Foram esses vultos da nossa História que cravaram as fundações do Exército Brasileiro no solo sagrado de Guararapes. Assim, constitui imperativo de elevado teor cívico-militar alça-los à condição de Patriarcas da Instituição, uma vez que são os mais remotos ancestrais dos homens e das mulheres que hoje envergam o uniforme verde-oliva, sendo dignos, portanto de figurar, em galeria, ao lado dos insignes Patronos da Força.




Era 15 de fevereiro de 1630 e o nordeste brasileiro começava a viver o pesadelo da invasão dos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais. Naquele dia, a cidade de Recife acordou sob o bombardeio da esquadra do Almirante Hendrick Loncq, formada por 50 navios e 7.000 homens. Começava a segunda tentativa dos batavos de se apossar do território brasileiro. Seis anos antes, em 8 de maio de 1624, atacaram e ocuparam Salvador. A reação luso-brasileira, apoiada pela população, não se fez esperar. Militarmente inferiorizadas, nossas forças reagiram com uma intensa guerra de emboscadas. A metrópole portuguesa, com o apoio da Espanha, mandou ao Brasil uma poderosa esquadra de 52 navios e 12.000 homens, entre soldados e marinheiros portugueses e espanhóis, que expulsaram os holandeses da Bahia em 30 de abril de 1625, menos de um ano após o início da ocupação.
Cinco anos decorridos da derrota em solo baiano, a posição estratégica de Recife, a excelência de seu porto natural, a proximidade da Europa e da África e as fracas defesas locais, proporcionaram ao invasor as condições favoráveis a uma nova e vitoriosa campanha, colocando, por 24 anos, parte do nordeste brasileiro sob o domínio holandês.
Os pernambucanos resistiram ao invasor e contra ele lutaram bravamente. Matias de Albuquerque proclamou para toda a Capitania a disposição de lutar até a morte. O inimigo, após conquistar Recife e Olinda, tratou de fortificar suas posições. Como na Bahia, nossa resistência era baseada, principalmente, em emboscadas. Hoje, diríamos que seriam ações de comandos e forças especiais. Construímos, em local estratégico, como baluarte para impedir a penetração do adversário no interior, a fortificação do Arraial do Bom Jesus, que resistiu por cinco anos às investidas dos batavos.
No dia 23 de maio de 1645, dezoito líderes da Insurreição Pernambucana assinaram um Termo Compromisso onde, pela vez primeira em documento, se usava a palavra pátria, no seu sentido atual. Há também, no Compromisso, providências que hoje seriam consideradas como mobilização de Reservas:

"Nós abaixo assinados nos conjuramos e prometemos em serviço da liberdade, não faltar a todo o tempo que for necessário, com toda ajuda de fazendas e de pessoas, contra qualquer inimigo, em restauração da nossa pátria; para o que nos obrigamos a manter todo o segredo que nisto convém...".

Estava criado, segundo o mestre Capistrano de Abreu, o sentimento da existência nacional brasileira, que iria se fortalecer ao longo dos próximos dois séculos, até a Independência em 1822. 
Paralelamente, surgia, consolidado, o Exército de Patriotas, formado pela fusão das três etnias - branca, negra e índia - com suas miscigenações. Nascia o Exército Brasileiro, democracia multirracial, sem discriminações nem preconceitos, sem cotas, numa pluralidade étnica e social unida pela alma de combatente do nosso soldado.
Em 18 de abril de 1648, o exército holandês com 7.400 homens marchou no sentido Barreta-Guararapes, tendo como objetivo final apoderar-se do cabo de Santo Agostinho. O exército patriota, com 2.200 homens, deslocou-se para interceptar o invasor. O sargento-mor Antônio Dias Cardoso, como "soldado mais prático e experiente" sugeriu que o melhor campo de batalha seria o Boqueirão dos Guararapes. Na manhã de 19 de abril, primeiro domingo após a páscoa (pascoela), dia de Nossa Senhora dos Prazeres, Dias Cardoso, no comando de 200 homens, investiu contra a vanguarda inimiga para, em seguida, retrair em direção ao interior do Boqueirão onde o restante do nosso exército estava escondido, pronto para a batalha. Ao comando de "ás de espadas" os patriotas se lançaram sobre o inimigo. O terço (regimento) de Pernambuco, comandado por João Fernandes Vieira, auxiliado por Dias Cardoso, rompeu o inimigo nos alagados; os índios de Felipe Camarão assaltaram a ala direita dos holandeses; o terço dos negros de Henrique Dias atacou a ala esquerda, ficando as tropas de Vidal de Negreiros em reserva. Os batavos contra-atacaram com suas reservas de 1.200 homens, enquadrando o terço de Henrique Dias. Os patriotas, habilmente, lançaram a reserva de Vidal de Negreiros no momento adequado. Foram 4 horas de confronto, entre alagados e morros. Ao final, o exército holandês, derrotado, retirou-se com pesadas perdas - 1.038 combatentes entre mortos e feridos. Já os patriotas, tiveram 84 mortos e 400 feridos. 
A batalha final que culminou com a derrota e expulsão do invasor holandês ocorreu em 14 de janeiro de 1654, quando o exército patriota atacou o último reduto inimigo em Recife. Após dez dias de combates, a cidade foi reconquistada. No dia 26 de janeiro, na Campina da Taborda, os holandeses assinaram a rendição e retiraram todas as suas forças do Brasil. As vitórias nas Batalhas dos Guararapes uniram, no nascedouro, os conceitos de pátria e exército. E o dia da primeira vitoria - 19 de abril de 1648 - por decreto presidencial de 24 de março de 1994, foi escolhido para Dia do Exército Brasileiro.
No próximo dia 19 de abril, decorridos 369 anos da primeira vitória que culminou com a expulsão do invasor holandês, o Exército Brasileiro - instituição detentora dos maiores índices de confiabilidade do nosso povo - comemora a sua data de origem, num momento em que a nação vivencia a maior crise de sua história. São tempos de mudanças, onde o cidadão de bem, estarrecido, constata que, nos últimos anos, o nosso país foi vilipendiado por maus compatriotas que, durante o dia ludibriaram o povo em nome de uma falsa democracia para, na calada da noite, tramarem contra ela e assaltarem os cofres da nação. As Forças Armadas, por sua gloriosa história e elevada envergadura moral, são hoje a esperança de milhões de brasileiros que veem nelas o sustentáculo de novos e melhores tempos. 
O Dia do Exército será comemorado condignamente nas organizações militares. Mas a data que lembra as vitórias de Guararapes e a epopeia daquele punhado de bravos, lamentavelmente será ignorada por uma parcela da mídia que, comprometida ideologicamente ou movida por interesses escusos, mantém uma postura hostil com relação às forças armadas brasileiras. 
O Brasil não é um reduto de traidores, corruptos e sectários. Somos um povo simples, bondoso, às vezes até meio ingênuo, mas profundamente patriota e sempre pronto a defender a grandeza e a soberania da nação. Estamos nos reorganizando. Novas e importantes lideranças estão surgindo. Há um evidente desejo de mudança no ar. A sociedade está despertando de um longo pesadelo. É hora de tocar ALVORADA e REUNIR.
O Conselho Nacional de Oficiais da Reserva - Sistema CNOR - cumprimenta o nosso EXÉRCITO pelo transcurso da sua data de origem, ao mesmo tempo em que reitera a sua FIDELIDADE aos princípios, atributos e valores adquiridos na caserna e reafirma a LEALDADE dos seus integrantes ao COMANDANTE DO EXÉRCITO e demais Chefes Militares.

PARABÉNS AO NOSSO INVENCÍVEL EXÉRCITO!














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