sábado, 17 de julho de 2010

ISOROKO YAMAMOTO

COMO MORREU O ALMIRANTE YAMAMOTO


Protegidos por um grupo de zeros, os dois bombardeiros japonês preparavam-se para pousar no aeródromo de Kaihili, na ponta meridional da ilha de Bougainville.


Os caças norte-americanos surgiram rente à água. O Capitão Thomas G. Lanphier abateu um dos bombardeiros. O Tenente Rex T. Barber abateu outro. Os dois aparelhos caíram e incendiaram-se na floresta. O Grande Almirante Isoroku Yamamoto estava morto.


Ele não sucumbira após um encontro fortuito. Os norte-americanos decifravam sempre os códigos japoneses. No começo de abril de 1943 o chefe de seu G-2 trouxe ao almirante Halsey o plano de uma viagem de inspeção do comandante chefe japonês do Pacífico Sul. Partindo de Rabaul, Yamamoto devia visitar as bases aeronavais da região do Buin. Seu avião deveria sobrevoar Kaihili a 18 de abril, às 9h 35m. Os norte-americanos planejaram chegar ao encontro ao mesmo tempo que ele.


Um escrúpulo fê-los hesitar. Era boa tática utilizar uma vantagem clandestina para desfazer-se de um grande chefe inimigo? Era uma emboscada permitida pelas leis da guerra, ou uma armadilha?


Halsey consultor Nimitz. Nimitz perguntou a seus especialistas se eles achavam que o desaparecimento de Yamamoto enfraquecia o Japão. Os especialistas responderam afirmativamente. O grande Almirante havia mostrado hostil a uma guerra contra os Estados Unidos, mas não havendo podido impedi-la, fazia-se com talento e energia. Era o autor do plano de ataque contra Pearl Harbor e nem a derrota de Midway nem o abandono de Guadalcanal o havia qualificado como um desses capitães que um inimigo inteligente tem interesse em conservar. Esses testemunho de suas qualidades foi a sentença de morte do Almirante Yamamoto.



O empreendimento não era fácil. Os 16 P-38 do 339º Fighter Squadron que decolaram de Guadalcanal, sob o comando do major Mitchell, deviam percorrer 500 km antes de se encontrar, com uma precisão cronométrica acima de Bougainville. Deviam costear as ilhas da Nova Geórgia sobre as quais zumbia o enxame inimigo. Os P-38 escapam da detecção raspando as ondas, e estavam em um minuto sobre Kaihili. Todos voltaram, exceto um. O feito foi guardado em segredo até o fim da guerra, primeiro, para não revelar aos japoneses que seus códigos estavam descobertos, depois porque Lanphier tinha um irmão prisioneiro no Japão e temia-se contra ele a mais atroz vingança.

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