2ª
Parte da batalha Leyte
As
ordens partem no princípio da noite. Os três T.G. presentes diante de Samar
agrupam-se e dirigem-se para o cabo Engano, ponta norte da ilha de Luçon.
Espera-se encontrar o inimigo pela aurora, e travar o combate no princípio d
manhã.
A partir da 3ª frota deixa sem defesa o
Esteito de San Bernardino, descobre o flanco alarmam-se com isso, mas o
almirante está tranqüilo. Durante todo o dia, seus aviadores atingiram as
esquadras arcaicas que se dirigem para os estreitos e, sem sofrer perdas
sensíveis, infligiam prejuízos devastadores. Um supercouraçado foi afundado.
Todos os outros grandes navios fossar suas feridas e, provavelmente, fazer meia
volta, aproveitando a noite. Halsey está tão confiante tem tanta pressa em
bater-se com os porta aviões, que nem mesmo deixa um contratorpedeiro de
sentinela na saída de San Bernardino. Chega a esquecer-se de avisar KinKaid de
que o flanco direito da 7ª frota vai ficar descoberto. Investe sobre Ozawa
impetuosamente na forma exata como Ozawa e o Estado Maior imperial esperavam...
A noite está tórrida. O s homens sufocam nos
porões dos navios. No golfo de Leyte, todos os movimentos cessaram ao pôr do
sol. Os navios de combate da 7ª frota prepararam-se para navegar, e
dirigiram-se para o sul, a fim de barrar o estreito de Surigau. Na costa norte,
o Almirante Kinkaid está tranquilo, convencido de que Halsey e seus poderosos
navios velam diante do estreito de San Bernardino.
Durante todo o dia, o Almirante Nishimura
prosseguiu seu caminho através do mar de Mindanau. Entra no estreito de Surigua
à meia-noite, sem se deter para esperar os sete navios do Almirante Shima, que
o segue a umas trintas milhas. Está
dentro do horário. Será possível chegar pela aurora ao golfo de Leyte,
simultaneamente com Kurita, que vem ao norte...
Sobre a água adormecida e escura, acendem-se
os refletores. Silhuêtas baixas arremessam-se a toda velocidade. A artilharia japonesa
troveja. Quarenta e cinco PTB atacam em várias vagas. Alguns homens numa
barquinha reforçada, sob o comando de um oficial da reserva... Por
inexperiência ou falta de sorte, nenhum dos 180 torpedos atinge um casco
inimigo. As 2 horas, Nishimura atinge incólume a parte mais fechada do
estreito, entre Mindanau e uma pequena ilha costeira de Leyte, Paneon.
A luta se reanima. Depois do enxame de PTB, a
divisão de contratorpedeiros do comandante Jesse B. Coward ataca por sua vez.
Três navios surgem de leste, lançam 27
torpedos e se retiram em ziguezague entre feixes pálidos levantados pelos
obuses japoneses. Oito minutos mais tarde, ouvem-se explosões. Um dos dois
couraçados de Nishimura, o Fuso, gira sobre si mesmo e inclina-se para estibordo,
fora de combate.
O segundo ataque vem de oeste; conduzido por
dois outros navios da divisão. Um contratorpedeiro japonês explode; um segundo
começa a afundar, um terceiro fica atrás, adernando. O couraçado-capitânia
Yamashiro também recebe um torpedo. Mas dele vem relatório; capacidade combativa intacta, rota
inalterada.....
Mas o tratamento continua. Por sua vez, os
grandes contratorpedeiros do comandante
McManes atacam. O Fuso ilumina o estreito com um feixe de chamas, antes
que ele irrompa o fogo de artifício da explosão final. Restam somente três
navios japoneses, O Yamashiro, o
cruzador pesado Mogami e o contratorpedeiro shigura. Outro torpedo atinge o
Yamashiro, imobiliza-lo por um instante, mas logo retorna um pouco de
velocidade e, com obstinação sublime, prossegue a execução de sua missão.
Rodeou o calcanhar de Leyte e dirige-se para o norte.
Diante do Yamashiro, o horizonte se
incendeia. Os seis couraçados e os oitos cruzadores da 7ª Frota formaram, ele
um lado a outro do estreito, uma barragem tripla. Utiliando o radar, abrem
terrível fogo. O Yamashiro responde: um obus, talvez, contra cinquenta. Vêem-se
sobre sua silhueta várias explosões, depois uma imensa chama, que o recobre
inteiramente. O couraçado vira e afunda. São 4 h 19 min. A batalha do estreito
de Surigau, uma das três que compõem a grande batalha naval de Leyte, terminou.
Trezentos milhas ao norte, começa a batalha do caboEngaño. O
T.G., 38.1 não pôde unir-se ao corpo de combate, mas as forças conduzidas pelo
Almirante Mark A. Mitscher, são suficientes para qualquer tarefa. São 64 navios novos, 5 porta-aviões leves, 6
couraçados, 2 cruzadores pesados, 6 cruzadores leves, 40 contratorpedeiros, 700
aviões. Essa coluna cerrada avança a 25 nós por hora contra as 17 embarcações
heterogêneas do Almirante Ozaca e os 29 aviões que pousaram na véspera. Nenhum
combate é possível. Trata-se de um massacre.
Ozaca fez meia-volta, foge na direção norte,
não para escapar, mas para atrair o inimigo o mais longe possível. Os reides
começam às 9 horas da manhã. A primeira
incursão afunda o porta-aviões Chitose e avaria o porta-aviões Zuikaku.
A segunda fere mortalmente o porta-aviões
Chiyoda e avaria o cruzador Tama. A terceira acaba com o Zuiho e avaria o
couraçado restaurado Ise. Os navios equipados com canhões aproximam-se para
acrescentrar obuses às bombas. Não parece haver possibilidade alguma de salvar
a frota de Ozawa da destruição integral, prevista e aceita por seu
almirante....
E, no entanto, há! Pois a terceira das
batalhas da batalha de Leyte, a de Samar, já começou também. Chegando ao
estreito de Sam Bernardino, o Almirante Kurita esperava para lutar. Passa sem
dar um tiro de canhão, a 20 nòs, os faróis acesos por sua ordem. Apressa-se,
pois está com seis horas de atraso, e sabe que a única aliada nesta empresa
temerária é a velocidade.
O dia surge com um céu carregado de
cúmulo-nimbos. O mar está calmo, e o vento, caprichoso. Kurita desloca seus
navios, os contratorpedeiros nos flancos, os cruzadores em primeiro escalão, os
couraçados em duas colunas. O Yamato e o Nagato à direita, o Kongo e o Haruma à
esqueda. Ás 7 horas seus vigias distinguem silhuetas de porta=aviões no
horizonte. Com uma alça de mira de 32.000 m. Kurita abre fogo.
Entre os norte americanos, o alerta só foi
dado às 6h 47 min – e pelo hidroavião de uma patrulha anti-submarina, que
decobre, estupefato, uma poderosa frota inimiga a oeste de Samar. O Almirante
Clifton Sprague, que comanda um grupo de porta-aviões de escolta, pensou a
princípio ser uma confusão , e que se tratava dos navios de Halsey. Quinze
minutos mas tarde, reconheceu, com seus próprios olhos, os mastros em forma de
pagode, característica dos grandes navios japoneses. Então obuses enormes
fizeram brotar repuxos em torno dele. A surpresa é completa. Os principais
navios da 7ª frota estão ao sul de Leyte, onde acabaram de vencer a batalha de
Surigua. O esqueleto que permaneceu no local é constituído pelo grupo de
Clifton Sprague e dois grupos semelhantes, compostos de porta-aviões de
escolta. Mas os porta-aviões de escolta são, de fato, navios mercantes,
acompanhados de uns trinta aviões, e os contratorpedeiros de escolta,
desenhados também para a proteção dos comboios, só tem velocidade de 20 nós. Na
hora em que se consuma a derrota de Nishimura, em que começa a de Ozawa, Kurita
pode vingá-los.
Mas os norte-americanos lutam valente e
habilmente. Sprague oculta-se atrás de uma cortina de fumaça, reforçada por um
oportuno aguaceiro. Seus contratorpedeiros contra-atacam com resolução. Seus
bombardeiros, reforçados rapidamente pelos dos outros dois grupos atacam
furiosamente o inimigo. As perdas se equilibram. Do lado norte-americano, os
contratorpedeiros de escolta Samuel B. Roberts e os porta-aviões de escolta
Giamhier e Saint-Lô são afundados pela poderosa artilharia japonesa. Mas os
cruzadores pesados Chokai, Suzuka e Chikuya afundam, sob bombas e torpedos
norte-americanos; os cruzadores Kumano, Tone e o couraçado Kongo são atingidos
as 9 h 21 min, Kurita interrope o combate e retira-se para o norte.
Neste momento, vários pedidos de ajuda de
Kinkaid, várias ordens de Nimitz chegaram ao Almirante Halsey. Pedem-lhe,
ordenam-lhe que venha em socorro da 7ª Frota em perido.
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