3ª
Parte da Batalha de Leyte
Halsey hesita. Está aniquilado o inimigo que
persegue. Seus couraçados ganham dos navios japoneses, ou mais velhos, ou
avariados. Seus porta-aviões estão prestes a se recuperar e lançar novamente as
vagas que infligiram os primeiros golpes. Contenta-se primeiramente em ordenar
ao T.G. 38.1, 2 porta-aviões pesados e 2 porta-aviões leves, que se dirijiam a Samar, em vez de reunir-se a ele,
como tentava desde a véspera. Depois como pedidos se tornam insistentes,
decide-se: os 6 couraçados do Almirante Lee, os 5 porta-aviões do Almirante
Bogan, ele próprio, Halsey, a bordo do New Jersey, abandonam a perseguição e tomam
a direção sul.
As bombas diminuem sobre os navios de Ozawa.
Um último ataque, as 7 h 10 min, só faz uma vitima. O almirante japonês, que
transferiu sua bandeira para o cruzador leve Oyoto, navega pela noite adentro,
estupefato de estar vivo. Reconduzirá ao Japão seus dois couraçados
hermafroditas, 8 contratorpedeiros e 3 cruzadores.
Kurita também escapa, salvando 4 de seus 5
couraçados. Passa novamente o estreito de San Bernardino, à meia-noite, com dez
horas de vantagem sobre Halsey. As esquadrilhas aéreas enviadas no dia seguinte
a sua procura não o encontrarão.
Assim, a vitória norte-americana de Leyte é incompleta, mas
não deixa de constituir a derrota final da Marinha japonesa. As perdas que esta
sofreu, a destruição de todos os seus porta-aviões, impedem-na de participar
novamente de uma ação de conjunto, pois estes representavam as últimas
oportunidades da Marinha japonesa. O destino do império insular está selado.
Entretanto, o Japão se obstina! É constituído
um 35º exercito, sob o comando do Tenente-General Sasaku Suzuki. De Luçon. Cebu
e Mindanau, pequenos comboios conduzem reforços para a ilha atacada. Depois de
seus sucessos iniciais, os norte-americanos tinham pensado numa conquista
rápida. Devem proseguir uma campanha dura, dificultada ainda mais pelas
monções. Marchas na lama, batalhas sob trombas de água.
Mesmo no mar, os japoneses continuam
terríveis. Entram em cena os Kamikazes, os ventos de Deus; O Contra-Almirante
Arina “acendeu a chama”, no dia 15 de outubro, lançando-se com seu avião sobre
um navio norte-americano. Oito dias mais tarde, seu superior, o Vice-Almirante
Onishi, que comanda a 1ª Frota Aérea, consttui por sua própria iniciativa um
corpo de voluntários da morte. A 27 de
novembro, os Kamikazes aparecem no golfo de Leyte, avariam o cruzador
Mont-pelier e o couraçado Colorado. Dois
dias depois, colocam fora de combate outro couraçado, o Maryland.
Independentemente dos prejuízos materiais, o sacrifício teatral dos Kamikazes causa um choque moral, reforça a
ideia de que será necessário, para vencer o Japão, exterminar os japoneses.
Ordens expressas proíbem os correspondentes de guerra mencionar isso.
Lentamente, o 6º exercito invade o vale de
Leyte e rechaça os japoneses para o vale de Ormoc. Um desembarquer da 77ª divisão
de infantaria permite a tomada do pequeno porto, o último que restava aos
japoneses. Desagrega-se a resistência organizada, mas seguindo a regra, não se
pede a capitulação. Os melhores
elementos são evacuados furtivamente para as ilhas vizinhas. Os outros se
dispersam na montanha, perecem nas emboscadas ou morrem de privações.
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