quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
LEMBRANÇAS E RELATOS DE UM VETERANO DO 1º GRUPO DE CAÇA Parte 07
LEMBRANÇAS E RELATOS DE UM VETERANO DO 1º GRUPO DE CAÇA - Parte 06
LEMBRANÇAS E RELATOS DE UM VETERANO DO 1º GRUPO DE CAÇA - Parte 05
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
LEMBRANÇAS E RERLATOS DE UM VETERANO DO 1º GRUPO DE CAÇA - Parte 04
ESTAGIANDO EM NATAL
Com o término do curso houve distribuição do pessoal recém – formado. Optei pela minha classificação para servir no Recife, Pernambuco, meu Estado Natal. Havia uma expectativa de guerra com a chagada de tropas americanas para nos ajudar na defesa do litoral. O clima era tão tenso, que houve "Black-out". Aqui havia sido construída uma das grandes bases americanas, como em todo o Nordeste. Alojamentos, oficinas, armazéns de suprimentos de materiais, hangares, conjuntos residências ao longo da praia de Piedade, hospital, aumento e alargamento da pista de pouso, tudo foi edificado para defender às necessidades norte-americanas e brasileiras.
O Brigadeiro Eduardo Gomes comandava a 2ª e 1ª Zonas Aéreas ( Norte e Nordeste do Brasil); cumulativamente com as Rotas Aéreas, função que exercera quando Coronel.
Dias após a minha apresentação, por ordem do Comando segui para Natal juntamente com outros companheiros de turma com finalidade de fazer um estágio na base americana; deveríamos nos ambientar com moderno material, conhecer novas técnicas e os mais variados tipos de aviões usados pela Força Aérea Norte-Americana. Aquela enorme base de Parnamirim em Natal era uma beleza para nossas vistas. Os aviões se alinhavam de acordo com seu tipo e emprego. Aviões de caça bombardeio leve, médio e pesado; de transporte de cargas e tropas, havia os P-38, B-25, B-26, A-20, Hudson, Lodestar, C-46, C-47, B-24 e a fomosa Fortaleza Voadora B-17. Observei um bando de Liberators, B-24 e espantei-me de como um aparelho tão bonito no ar, pode ser feio e desajeitado no solo. Era um enorme e possante quadrimotor, triciclo de deriva dupla.
O nosso treinamento era integrado com os americanos, fazendo parte das equipes de manutenção de aviões de vários tipos. Eles nos tratavam muito bem e tinham prazer em nos ensinar tudo sobre aviação moderna. Eram pacientes conosco e se esforçavam para nos entender.
A base de Natal fava a impressão de uma grande cidade. O Tráfego de aviões era intensíssimo, quase não se podia dormir com o barulho dos motores dos aviões que aterravam e decolavam constantemente. Durante o período de um ano e meio, desde que o Brasil declarou guerra ao Eixo, grande foi o desenvolvimento da rede de aeródromos em todo território brasileiro Mas, de todas as bases aéreas, nenhuma foi tão importante quanto a de Parnamirim, em Natal. Tornou-se, desde o início, a base fundamental do sistema de segurança e da defesa do Hemisfério, na América do Sul; depois com os acontecimentos desenrolados no Norte da África contra o Deutches Afriks Korps do Marechal Rommel, passou a desempenhar o papel de trampolim para o envio de pessoal, cargas e equipamentos, para as mais diversas partes das frentes de operações de além-mar. Assim, por ser ponto mais a Oeste do continente Sul-Americano, Natal era o ponto de contato aéreo com a´África, a 1.260 milhas de distância, com a Itália, com o Oriente - Próximo e com o Extremo-Oriente, com a Rússia e a Índia.
No período movimentado de 1942/1943, a Base de Parnamirim foi visitada por ilustres personagens, entre as quais, o primeiro Ministro Winston Churchill, o General Marshall, o Ministro da Marinha dos Estados Unidos Knox, Chiang Kai-Shek, etc. Foi também o local do histórico encontro entre os Presidentes Roosevelt e Getúlio Vargas, a 28 de janeiro de 1943, quando o grande estadista norte-americano, regressava da Conferência de Casablanca; presente na ocasião, entre outras autoridades, o Embaixador Jefferson Caffery, Almirante Ingram e o General Osvaldo Cordeiro de Farias.
Diariamente, aviões cargueiros e de guerra, que se dirigiam para as frentes de combates, faziam paradas em Natal para reabastecimento de combustível e para repouso de suas tripulações antes de iniciarem o vôo de travessia do Atlântico. Os aviões de transportes chegavam carregados de peças sobressalentes, de instrumentos, de medicamentos e plasma sanguíneo necessários aos exércitos em ultramar. Pelas Bases brasileiras passaram aviões e abastecimentos que contribuíram para a vitória dos aliados na África e para seu subseqüente controle da parte central do Mediterrâneo.
Foi no Brasil ainda, que outros aviões levantaram vôos com carregamentos de matérias-primas destinadas a abastecer as indústrias bélicas nos Estados Unidos da América.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
LEMBRAÇAS E RELATOS DE UM VETERANO DO 1º GRUPO DE CAÇA - Parte 02
A Segunda Guerra Mundial decorreu, entre outros fotores, das condições drásticas impostas à Alemanha, vencida na primeira, pelo Tratado de Versalhes e da pusilanimidade ou conveniência de se consequência à derrota militar viu-se o Estado Alemão transformado numa república eivada de dificuldades, resultantes da ocupaçao do seu território por tropas dos exércitos vitoriosos e da desorganização de sua economia, assim como do caos a que chegou sua política interna.
domingo, 24 de janeiro de 2010
LEMBRAÇAS E RELATOS DE UM VETERANO DO 1º GRUPO DE CAÇA - Parte 01
Durante alguns anos fiu anotando com cuidado, circustâncias e eventos dos quais participei como protagonista e espectador, envergando a farda daquela vitoriosa corporação, sob céus outros, além dos nossos, no canal do Panamá, nos estados Unidos e, por fim, nos campos de combate da península italiana.
sábado, 23 de janeiro de 2010
A MARINHA ALEMÃ - Parte 01
Tudo muito natural, embora Hitler não ignorasse o papel que o poderio marítimo desempenhava na política da Grã-Bretanha ou Estados Unidos o que desempenhava na política alimã na época do Kaiser. Ele não considerava que esse papel fosse aplicável à estratégia que esse papel fosse aplicável à estratégia que planejara para o Terceiro Reich. A estratégia seria basicamente terretre, destinada a garantir, para a alemanha, a posse do continenteeurasiano, e o poderio marítimo não poderia contribuir com muita coisa para a sua realização. Por outro lado, as grandes potências - Inglaterra e USA, poderia fazer muita coisa, se assim o desejassem, para desfrutar sua estratégia. Portanto a intenção de Hitler era evitar o conflito com ambas.
Nos anos que antecederam a guerra os poderosos e excelentes navios das classes Scharnhorst e do Bismark, onde estes daria a alemanha na guerra, uma potente força de ataque marítimo de superfície. Hitler tomou uma decisão antes da guerra, quanto a estratégia naval, de criar uma pequena força, porém bem selecionada, de supercouraçados que alnçariam pelas grandes rotas marítimas, assim que a marinha britânica estivesse tenuemente espalhada para proteger as rotas comerciais, a fim de perseguir e destruir seus opositores, dispersos e, portanto, enfraquecidos.
Mas a guerra começou cedo demais para a marinha alemã. A frota não estava no todo, suficientemente preparada para iniciar incursões, como ficou registrado na batalha do Rio do Prata, que terminou a destruição do encaroçado de bolso Graf Spee, e mais tarde 02 destróieres perdidos, durante a operação de apoio ao exército na Noruega.
A frota de submarinos também não tinha condições para iniciar de imediato a campanha de destruição sistemática dos navios mercantes, mas a captura de portos franceses em 1940, modificou todo esses panorama. Repentinamente o programa de construção de submarinos atingiu novo ponto culminante e houve oportunidades, numa escala sem precedentes para a guerra submarina.
Na verdade, a frota de superfície teve as mesmas oportunidades, mas foi incapaz de aproveita-las, porque, alcançar os portos franceses vitais, era preciso atravessar a rede formada pela armada real Britânica. Um exemplo disso foi o Bismark que, na primavera de 1941, embora conseguisse romper o bloqueio naval britãnico, foi caçado até seu afundamento.
Hitler cansou da estratégia das grandes belonaves dos seus almirantes. Os cruzados de batalha Scharnhorst e Gneisenau humilharam a marinha britânica, ao passar pelas defesas do Canal da Mancha, em 1942. O Supercouraçado Tirpitz exercía influência nas operações navais em seu ancoradouro, nos fiordes noroegueses, porém o afundamento do Bismark comprometeu o papel da frota para desempenhar em alto mar.
Se não fosse a inflexível tendência de Hitler para a estratégia terrestre, muita coisa poderia ser diferente. Uma esquadra de Bismark protegida por aviação própria, poderia ter varrido os mares do norte.