domingo, 12 de setembro de 2010

LINHA MAGINOT

A LINHA MAGINOT

Uma enchente do rio carrega algumas manchas: os estados maiores procuram uma linha reta para fazê-las afundar pelas casamatas da margem, sem que os projéteis atinjam a margem alemã. Soldados alemães trabalham a todo risco, sob painéis, prometendo que não atirarão em primeiro lugar. Um Fieseler-Storch faz sua ronda, com um Ruído de motocicleta enrouquecido, alto-falantes gritam que os ingleses se baterão até o último francês. Ninguém tenta dispersar os trabalhadores, abater o avião ou fazer calar essa voz destrutiva do moral. Esquisita guerra! Exércitos contendo centenas de milhares de homens terminam assim sua prestação de contas cotidiana.

O front, se é que se pode empregar essa palavra pomposa, caiu em letargia. No dia 12 de setembro, a ofensiva em favor da Polônia foi detida, porque já não mais havia Polônia. A 30 de setembro, decidiu-se a retirada das forças para território francês. Em 16 de outubro, porque Hitler ordenara libertar o território alemão, as retaguardas, foram dispensadas. Para ficarem à altura, os franceses evacuaram, espontaneamente, o saliente de Forbach, onde se encontram suas mais produtivas minas de hulha. O primeiro dogma de sua religião militar estritamente defensiva era não se bater em duas frentes. Conseqüentemente, tudo está subordinado à defesa da Linha Maginot, principal posição de resistência, onde a guerra será ganha, contendo o assalto inimigo.

À opinião francesa, a Linha Maginot inspira uma confiança religiosa. Mas o menos importante oficial de estado maior, em gozo de um mínimo de independência de espírito, conhece os defeitos desse imenso covil de raposa. É, realmente, uma linha, isto é, uma posição sem profundeza, sobre a qual só pode travar combate frontal. Os fortes se defendem mal e seus construtores ignoram a existência da aviação. Não tomaram em consideração o bombardeio de mergulho, que tanto pode vencer os couraçados terrestres quanto os couraçados do mar, nem o desembarque de tropas aerotransportadas sobre as superestruturas. Os obstáculos antitanque, constituídos por pedaços de trilhos, são fracos demais. Os parapeitos da artilharia são vulneráveis, os campos de tiro podem ser obstruídos por uma preparação de artilharia, enfim, o poder de fogo das obras é íntimo em relação à sua enormidade e a seu custo. A linha Maginot é um magnífico abrigo, mas um medíocre instrumento de combate. Diga-se que é impenetrável e absurda. A prova disso será feita depois de 10 de maio de 1940. Nesse dia, os alemães se apoderarão, em quatro horas, por meio de um assalto aéreo, do forte belga de Eben-Emael. Os oficiais do Estado Maior francês, reportando-se às suas notas de campanha, para apreciar o acontecimento, lerão a definição seguinte. O forte couraçado de Eben-Emael, pilastra norte da defesa de Liège, é comparável às obras mais poderosas de nosas fortificações do Nordeste.

O fato de que a Linha Maginot se detém em Montmédy escapou menos aos cérebros militares franceses do que a invenção do avião. Foram elaborados projetos para prolongá-la até o mar e reforçá-la numa segunda linha, disputando o acesso da Bacia Parisiense. Foi necessário renunciar a isso, não somente por motivos financeiros, mas principalmente porque o acabamento e a duplicação da Linha Maginot absorveram o Exército francês. As fortificações têm por objetivo economizar os efeitos e é um costume tão antigo como a guerra mantê-las por tropas de valor secundário. A Linha Maginot contrariamente exige para suas guarnições tropas numerosas e especializadas. Em Sain-Cry as listas de promoções não saem mais "na Legião", saem "dans Le béton". De Basiléia a Sedam, 21 divisões de elite se acumulam em subterrâneos. Imóveis e inutilizáveis fora de sua concha. Triplicar a extensão da Linha Maginot teria estendido essa paralisia a dois terços das grandes unidades.

Mas ainda não é tudo. Feita para defender, a Linha Maginot tem necessidade de ser defendida. A cada uma das divisões de fortaleza é preciso sobrepor uma ou duas divisões ditas de intervalo. A destreza insuficiente, a fraca mobilidade do Exército francês são ainda reduzidas por essa pesada servidão e, no entanto, o dogma da Linha Maginot é imposto como uma disciplina intelectual a toda a hierarquia militar. Aconteceu a um general moderar o entusiasmo do Duque de Windsor, de volta de uma visita à Linha Maginot; informado disso, pelo Duque, por ocasião de um almoço, em Vincennes, Gamelin pousou o guardanapo e foi ao telefone exonerar o herético do comando. Em média, a Linha Maginot se encontra a uma dúzia de quilômetros aquém da fronteira. Cada divisão de intervalo prolonga, para frente. Seu grupo de reconhecimento e um ou dois batalhões. Frágil cobertura que se subdivide em uma linha de concentração e uma cadeia de destacamento de segurança. Por fim, só esses grupos estão em contato, algumas vezes em completa quietude, outras em condições bastante severas. Dois ou três setores, como o de Apach, na vizinhança da fronteira luxemburguesa, ou a regiuão atormentada ao sul de Forbach, fazem exceção à trégua tática que os exércitos francês e alemão se permitiram. Os alemães fazem rápidas incursões de viavém, com cobertura do fogo de metralhadoras e de morteiros e, freqüentemente, tomam de assalto os postos. Os franceses limitam-se a armar emboscadas, nas quais se deixa prender, de quando em quando, um inimigo desafortunado. Com tal jogo, enquanto os franceses fazem 100 prisioneiros, os alemães fazem 3.000. O Comando explica que não deseja deixar-se arrastar na engrenagem de uma luta nos postos avançados. Só se combate em uma posição. O impressionantemente é o deserto que se estende entre os destacamentos de cobertura e a Linha. Toda a população foi evacuada, embora os alemães tenham deixado seus civis nas vizinhanças da fronteira. Nas aldeias, vergonhosamente pilhadas, falência da disciplina, mal se encontra um pequeno elemento da engenharia encarregada de fazer o jogo das destruições. Da mesma maneira que as aldeias, as cidades foram evacuadas, inclusive Estrasburgo, transformada em cidade do silêncio e severamente protegida por barragens de gendarmes, de tal maneira se teme que ela seja saqueada. Contidos no Sudoeste da França, os alsacianos e os lorenos acumulam um velho rancor contra os franceses que não podem admitir que franceses falem alemão.

E a chuva cai. E as perguntas se multiplicam. Essa guerra se, guerra não será um mal entendido? No dia 6 de outubro, em um discurso ao Reichtag, Hitler fizera propostas de paz, a França e a Inglaterra as repeliram, mas a trégua total nos combates dão a impressão de que conversações secretas estão em curso.

De resto, consolidara-se nos espíritos a idéia de que a Linha Maginot e a Linha Siegfried eram inexpugnáveis e de que o exército que se arriscasse a tomar a ofensiva seria destruído. Assim, o conflito só pode revestir-se das formas de uma luta ideológica e econômica. Seria pela propaganda e pelo bloqueio que Hitler iria ser posto de joelhos.

Nascida a dúvida e do tédio, uma imensa pregiça apoderou-se do exército francês. As sondagens feitas pelo controle postal pintam homens dóceis mas inertes e convencidos de que serão desmobilizados antes de haverem combatido. Os acantonamentos são em geral deficientes, mas a alimentação, regulamentar ou suplementar é superabundante. O exército francês come e bebe. Os oficiais, que regulamento alemão põe no regime do Goulashkamon, da cozinha rolante, vivem no luxo alimentar. Os quartéis generais são os últimos a de ter autoridade para censurá-los. Disputam-se os chefes dos grandes restaurantes parisienses e enviam seus carros de ligação a buscar trutas nos Vosges ou rodovalho em Boulogne. Uma das mais importantes cozinhas do G.Q.G. arrastará sua adega pelas estradas da derrota e a esvaziará, depois do armistício, em Montauban.

Adesculpa desse sibaritismo sob as armas era que o sangue não corria. Mal recuperada da hemorragia 1914-1918, a nação ficava reconhecida, por isso, ao comando. Essa segunda guerra de posição não repete as matanças absurdas, as lutas de gigantes por pedaços de terra, as ofensivas para o comunicado, da guerra precedente. Mas o exército francês deveria empregar a trégua que lhe concediam para se reforçar e se endurecer. Mas foi o contrário que aconteceu, o exército francês perdia a têmpera e amolecia.

No entanto, teve para instruí-lo uma lição gratuita. A Wehrmacht deu-lhe, na Polônia, uma exibição de seus processos de combate. Lição preciosa. Lição perdida.

Depois de outubro, o Deuxième Bureau empreendeu, espontaneamente, um estudo crítico da campanha da Polônia. Prisioneiro do conformismo militar francês, atento para não se chocar, muito diretamente com as idéias dos grandes chefes, não se elevou à simplicidade e à força das conclusões formuladas no outro campo, através de estudos análogos: falência completa da defesa militar linear, preponderância da rapidez sobre a ação do fogo, etc. Não obstante, enumerou com exatidão todas as características da nova guerra à maneira alemã. Monstrou que a vitória na Polônia havia sido trabalho quase exclusivo das divisões blindadas, cooperando com a aviação. Fez ressaltar que não havia apenas um, mas na realidade, dois exércitos alemães, um de infantaria-artilharia e um de tanque-aviação, cada qual operando com velocidade própria e independentemente do outro. Entretanto em pormenores, o Deuxième Bureau demonstrou a manobra das duas Panzerdivisionen: a 3ª forçando o ferrolho de Mlawa, mudando de rumo para varrer as margens da Narew, antes de descer para tomar Varsóvia pela retaguarda; a 5ª, desembocando da Eslováquia, varrendo a Galícia, indo apoderar-se de Lvov, a 300 km de sua base de partida, depois girando 120º para se abater, ela também sobre Varsóvia. Os efeitos do bombardeio de mergulho, sobre o moral da tropa, a utilização dos pára-quedistas, a paralisia dos movimentos militares causada pelas multidões de refugiados que enchiam as estradas, nada de essencial falta a esse importante documento. A lentidão de escoamento dessa papelada militar fará com que ele chegue, a certos estados maiores, durante a batalha de maio, a tempo de que possam confirmar seu fundamento. Só terá essa utilidade.

O Comando francês recusa-se a dar importância a esse ensinamentos da campanha da Polônia, Kriegspiel, na realidade. Os oficiais que empreenderam seus estudos estão discretamente desencorajados. O Trosième Bureau, autoridade decisiva, declara que não se poderia tomar o que se passara na Polônia como base de instrução do exército francês durante o inverno. As condições são por demais diferentes. Na Polônia, a Alemanha enfrenta um exército primitivo, mediocremente equipado, constrangido a guarnecer irentes desproporcionadas, em terreno desprovido de qualquer organização defensiva. Na frança, está enfrentando um exército moderno, comandado por um discíplo de Joffre, soberbamente equipado, instalado num campo de batalha bem dividido e bem isolado, apoiado no sistema de fortificação mais poderoso jamais construído, a Linha Maginot.

A maior prova de que na existe de comum entre as duas situações é que Hitler não ataca. Ele se atirara sobre a Polônia. Diante da França, espera.

A CHUVA PÕE HITLER EM XEQUE

A primeira ordem de ataque contra o exército comandado, equipado, fortificado, maginotado, fora assinada a 27 de outubro, pelo Fuhrer. A ofenciva deveria iniciar-se a 12 de novembro, um quarto de hora antes de nascer o sol.

A decisão de derrotar a França ainda em 1939 havia sido tomada antes mesmo do término da guerra na Polônia. Quando Hitler a anunciou aos principais chefes da Wehrmacht, a 27 de setembro, Varsóvia ainda resistia. Os generais recusaram tomar a sério uma intenção que lhes parecia desproporcionais aos meios de que dispunham. Foram necessárias muitas conferências na nova Chancelaria, a instrução nº 6 sobre a condução da guerra e, finalmente, a ordem de 27 de outubro, para convencê-los de que o Fuhrer cogitava mesmo de se atirar sobre a França, transportando para o Oeste os métodos de combate que no Leste haviam sido tão brilhantemente bem sucedidos.

Regressando da Polônia, pelas vias férreas ou rodovias, os exércitos alemães se encontravam no Reno. Brauchistch, conscienciosamente, visitou os quartéis generais. A unanimidade reinava neles, a ofensiva desejada pelo Fuhrer era uma impossibilidade e a ordem de ataque, para 12 de novembro, uma loucuras. Brauchitsch considerou que era seu dever de comandante chefe opor-se a eles.

O dia 5 de novembro era uma data importante. Devia-se decidir, ao meio dia, se a ordem de ataque seria ou não mantida. Brauchitsch apresentou-se, pela manhã à nova Chancelaria e pediu para ser recebido, a sós pelo Fuhrer. Hitler acedeu de má vontade. Brauchitsch começou pela leitura de um memorando em que reunira as considerações militares que desaconselhavam um ofensiva a oeste. O exército francês era forte demais. O exército alemão ainda não havia adquirido bastante resistência. Faltava-lhe artilharia pesada, faltavam-lhe as munições necessárias para atacar as fortificações francesas. Alcançada sobre um adversário fraco a vitória da Polônia não devia iludir ninguém. Devia ser utilizada a vantagem política que ela dava à Alemanha, para ser negociada, em boas condições, a paz geral.

Hitler no início escutara em silêncio enfadonho. A explosão veio quando o coronel general aludiu aos defeitos morais que a campanha da Polônia fizera aparecer no novo exército alemão, nascido do nazismo.

A infantaria, disse Brauchitsch não demonstrou o mesmo espírito ofensivo que teve na guerra precedente. Mesmo em certas divisões da ativa, atos de indisciplina foram assinalados.

Brauchitsch nada mais leu. Reapareceu, na ante sala, tão desfeito, tão trêmulo, que seu oficial ordenança pensou que ele ia desmaiar. Hitler precipitara-se sobre ele e arrancara-lhe o papel das mãos. Rasgara o documento e calcara aos pés os pedaços. Depois, chamara Keitel, Lakeitel, Keitel, o lacaio e, através da porta acolchoada, ouviram-no rugir contra a estupidez e a covardia dos generais.

Quando Keitel saiu, o ponteiro do relógio atingia a vertical do meio dia. O coronel de estado maior Warlimont esperava à porta do Fuhrer. Advertiu que o momento fixado para a confirmação da ofensiva já fora ultrapassado. No calor da indignação, Hitler e seu general doméstico haviam esquecido disso.

Keitel voltou à furna do leão. Dali saiu alguns momentos mais tarde, dizendo que a ordem para 27 de outubro fora confirmada. Quando Warlimont telefonou essa ordem ao estado maior de Brauchitsch, o oficial que recebeu a mensagem manifestou surpresa. Mas, disse ele o coronel general, foi expor ao Fuhrer por que a ofensiva é impossível. O coronel general respondeu Warlimont não conseguiu convencer o Fuhrer.

Brauchitch pediu demissão. Hitler respondeu-lhe perguntando se os soldados rasos, nas trincheiras, pedem demissão. Brauchitsch teve que permanecer no posto, para preparar planos que desaprovava.

O plano da ofensiva de 12 de novembro fora preparado pelo estado maior do exército (O.K.H.), a 19 de outubro. O exército alemão deveria penetrar nos três países cuja neutralidade, um mês antes, Hitler prometera respeitar: Holanda,Bélgica e Luxemburgo. O centro da gravidade, o schwerpunkt, era a região de Liège. A ala a marchar, formada pelos grupos de Von Bock (grupo B), devia conquistar as costas do mar do Norte, a fim de proporcionar à Marinha e à força Aérea uma base de operações aeronavais contra a Inglaterra. Um terceiro grupo ( grupo C), comandado por Von Leeb, manteria a frente pacífica, de Luxemburgo à Suíça.

Hitler estava parcialmente satisfeito. Eles calçaram as botas de Schlieffen dissera a seus dois palacianos, Keitel e Jodl. Havia-lhes explicado que o efeito de surpresa produzido, em 1914, pela extensão da ala direita alemã não podia repetir-se. Desta vez, o Comando francês esperava o ataque pela Bélgica. A fina-flor de suas forças estava disposta das Ardenas ao mar do Norte e seria a uma batalha frontal que uma reedição do plano Schlieffen se arriscaria a chegar.

Entretanto, Hitler deixou passar o plano da O.K.H. Embora dotado de verdadeira intuição estratégica, não tinha, disse o general francês Koeltz, a formação superior de estado maior que lhe permitisse expressar plana e imediatamente a idéia de manobra, nascente em seu pensamento.Na realidade, não era somente Hitler chefe de guerra, era Hitler, como general, que engendrava suas idéias em estado de nebulosa e depois as precisava numa alternância de meditações solitárias e de conversações descosidas. A intuição da penetração de Sedan lhe veio muito cedo, mas ficou por muito tempo em gestação, sob forma fluida, em torno de hipóteses instáveis.

O ultraje a Brauchitsch foi seguido, a 23 de novembro, por violenta repressão aos comandantes de exército, reunidos na Chancelaria. Conta Halder, Hitler ladrou contra os generais, não posso expressar-me de outra maneira.

Mesmo assim, alguns mantiveram sua oposição, e um deles, Leeb, chegou até a propor uma greve do Alto-Comando, para matar o projeto de ofensiva. Mas o hábito de obediência e o fatal juramento de fidelidade prestado ao Fuhrer acorrentaram a imensa maioria desses soldados.

É o céu que se encarrega de adiar a ofensiva a oeste. Hitler exige bom tempo para que o rendimento da força aérea e dos blindados seja digna do que foi durante o luminoso verão Polônes. Ora, o outono de 1939 é execrável. Novembro traz chuvas torrenciais. Os rios enchem e as inundações estendem, pelas planícies, grandes obstáculos aos tanques. As previsões meteorológicas anunciam enormes nuvens, vindas do Atlântico, prometendo novos dilúvios para os dias seguintes.

No dia 7, Hitler transfere para o dia 9 a decisão relativa ao ataque. E, novamente, para 13, depois para 16, depois para 20. Uma suspeita apodera-se do Fuhrer, exige que os boletins bi cotidianos sejam fixados pela Luftwaffe, uma vez que os generais de terra lhe parecem capazes de subornar os meteorologistas. Mas os homens barômetro da aviação não são menos pessimistas do que os da terra. Os adiamentos da ofensiva se sucedem, 27, e 29 de novembro, depois 4, 6 e 12 de dezembro.

Estranha guerra. A chuva cai, torrencialmente. Em seus péssimos acontonamentos, da Alsácia e das Ardenas, os homens se encharcam, sob a tempestade que não tem fim. A palha para os colchões apodrece nas granjas. Atingidos por misteriosa doença ou vitima da negligência dos seus condutores, os cavalos da artilharia morrem aos milhares. A intempérie é boa razão para que se cancelem os exercícios e para que sejam suspensos os trabalhos de organização do terreno. Os homens se unem nos botequins das aldeias e se entediam, entendiam, entendiam...